Lyrics Declaração de Guerra - MV Bill
Ei
mãe,
acorda
que
o
terror
vai
começar
Coloca
a
janta,
pode
ser
a
última,
se
pá
Se
eu
não
voltar,
sorria,
vou
em
busca
da
alegria
Vou
incentivando
o
ódio,
quem
diria?
É
tudo
pela
salvação,
em
nome
da
razão
Acenda
a
vela,
é
o
código
da
rebelião
Os
generais
nem
imaginam
nosso
plano
Pensam
que
é
mais
um
engano,
Jesus
está
voltando
Os
pretos
estão
do
lado
de
cá
São
soldados
mascarados
aliados
ao
pomar
Os
diretores
forjam
as
fugas
Tensão
nas
celas,
bueiros,
são
verdadeiros
sangue
sugas
Libere
a
fuga,
diretor,
solte
os
detentos
Pelados
pela
rua
escura,
sem
lamentos
A
nossa
tropa
só
tem
doido,
resto,
lixo,
bicho,
praga
Vou
jogar
mais
vinho
na
sua
área
São
pessoas
que
vivem
na
amargura
Não
nos
resta
mais
ternura,
a
batalha
vai
ser
dura
Eu
avisei
que
a
guerra
era
inevitável
Pra
quem
tá
na
condição
desfavorável
Subestimaram,
pagaram
pra
ver
e
tão
vendo
Ignoraram
a
nossa
coragem,
'tão
morrendo
A
violência
não
fui
eu
que
inventei
Somos
condenados
a
serviços
de
um
rei
Chega
de
ouvir
esse
discurso
social
Chega
de
ouvir
a
lenga-lenga
racial
Sou
animal
(sou),
sou
canibal
(sou),
eu
sou
letal
O
verbo
que
populariza
o
mal
Vão
tirando
a
fantasia
de
artista
Não
tem
mais
carnaval,
acabou
o
show
pra
turista
Que
venham
vários
pagodeiros
e
sambistas
A
luta
é
o
coração
de
um
guerreiro
ativista
Convoque
os
índios,
convoque
os
canibais
Convoque
os
sonhos
dos
nossos
ancestrais
Vou
invadir
mais
um
hospício
Vivemos
bem
no
precipício
(que
que
isso?)
Quero
mais
guerrilheiros
pra
esta
noite
Vida
longa
para
os
pretos,
fim
do
açoite
Vou
maquinar
mais
homicídios
para
esse
dia
Fim
de
vida
aos
brancos,
da
covardia
São
Benedito,
por
favor,
nos
proteja
Tragam
todos
os
fiéis
que
estão
orando
na
igreja
Sem
terra,
sem
teto,
sem
nada
nos
dentes
Sem
fama,
sem
grana,
sem
luz,
sem
parentes
Se
foi
torturado,
siga-me
Se
tá
rebelado,
siga-me
Se
tiver
bolado,
siga-me
Ahn,
siga-me,
ahn,
siga-me
Se
cair
seus
dentes,
siga-me
Se
for
estuprada,
siga-me
Se
o
nome
for
Maria,
siga-me
Ahn,
siga-me,
ahn,
siga-me
Eu
vou
pedir
mais
orações
aos
crentes
A
guerra
é
turva
e
Deus
necessita
tá
com
a
gente
(tá
com
a
gente)
São
meia
noite,
o
blackout
é
geral
Sirenes,
apitos,
breu
total
Ficou
pra
trás
a
nossa
dor
Lá
no
passado
que
restava
todo
amor
Uma
criança
pede
o
fim
da
guerra
Entre
vermelhos
e
terceiros
Me
lembra
que
somos
brasileiros
Mais
ideologia,
menos
conflitos
Não
façam
de
nós
mais
um
grupo
de
risco
O
alemão
não
apita
na
favela
Confira
você
mesmo
e
olhe
pela
sua
janela
Fale
seu
partido
que
preciso
saber
PMDB,
PT,
satã
ou
ou
TC?
Se
for
de
esquerda,
não
me
contemplou
Se
for
de
direita,
me
ignorou
Se
for
de
bandido,
é
um
caso
a
pensar
Vou
me
filiar,
preciso
arriscar
Adestrador,
prepare
os
cães,
não
dê
comida
Avise
aos
lobos
que
a
pele
é
branca
e
a
carne
é
viva
Fazendeiro,
não
há
mais
tempo
pra
remorso
Vamos
transformar
seu
paraíso
em
destroços
A
luta
é
racial,
a
luta
é
social
Mas
ninguém
se
espanta
Porque
a
é
guerra
santa
É
preta,
marrom,
mestiça
e
branca
E
quem
não
decidir
em
que
lado
está
vira
planta
Eu
sou
ateu,
protestante,
sou
judeu
Eu
sou
maçom,
rosa
cruz
e
fariseu
zulu
Eu
sou
a
luz
do
universo
em
desencanto
Não,
eu
sou
mais
nada,
só
a
voz
do
acalanto
Levei
500
anos
para
entender
esse
país
Se
querem
me
entender,
eu
só
queria
ser
feliz
Maria,
dê
veneno
pra
rainha,
sua
patroa
Volte
pro
QG
com
as
joias
da
coroa
Agora
cai
por
terra
toda
arrogância
Vamos
celebrar,
viva
a
voz
da
ignorância
Deus
vai
perdoar,
Deus
vai
entender
Deus
vai
lhe
ajudar,
chega
de
padecer
De
um
lado
humanos,
de
outro,
manos
Todos
armados,
então
são
desumanos
Falam
que
a
briga
não
nos
leva
a
nada
O
mar
não
tem
cabelo,
quem
se
afoga
nada
Não
dá
pra
exigir
de
quem
não
come
nada
Aqui
seu
o
diploma
não
vale
de
nada
Nós
não
somos
nada,
nós
não
temos
nada
Branco
camarada,
largue
a
espada
Acabou
o
desafio,
não
pode
pensar
Imagino,
deve
ser
difícil
aceitar
Essa
guerra
que
já
foi
vencida
Solte
suas
armas
e
comece
a
despedida
Abaixe
a
cabeça,
faça
o
último
pedido
Peça
qualquer
coisa
menos
ser
meu
amigo
Não,
não
faz
sentido
Sou
herói,
ou
bandido?
A
sirene
tá
gritando:
Perigo
Os
pretos
que
vão
te
julgar
Você
tá
na
bola,
então
comece
a
chorar
Devolva
meu
samba,
a
nossa
cultura
A
capoeira,
o
axé
e
a
vida
das
pessoas
que
moram
na
rua
A
história
foi
queimada,
ofendida
A
morte
é
o
fim,
a
guerra
é
a
vida
Durante
muito
tempo
eu
vi
o
mundo
girar
De
braços
cruzados,
esperando
a
morte
chegar
Foi
o
despertar,
comece
a
sua
prece
Dessa
vez
é
vai
ou
racha,
ou
dá
ou
desce
Se
perdeu
o
juízo,
siga-me
Tá
no
prejuízo,
siga-me
Não
quer
ser
escravo,
siga-me
Ahn,
siga-me,
ahn,
siga-me
Já
matou
tarado,
siga-me
Se
perdeu
o
seu
emprego,
siga-me
Se
foi
derrotado,
siga-me
Ahn,
siga-me,
ahn,
siga-me
Attention! Feel free to leave feedback.