Lyrics Entranhas (Das Tripas Coração) - Maze
Viagens
de
Valença
a
Loulé
De
Sagres
a
Bragança
Falo-te
de
esperança,
de
fé,
De
perseverança
Paciência
e
teimosia
que
me
caracteriza
Vivência
com
cortes
que
só
o
tempo
cicatriza
Milhares
de
horas
passadas
a
estudar
a
ciência
Obstinado,
em
desespero
quase
demência
No
limiar
da
sanidade
tinha
6 cêntimos
no
bolso
É
verdade,
consegui
escalar,
sair
do
fosso
Vi
baratas
na
cozinha,
ouvi
ratos
no
soalho
Imagens
que
me
obrigam
a
focar
no
trabalho
Vida
sai-me
pela
boca,
relato
factos
reais
São
feridas
abertas
pelos
meus
próprios
punhais
Tenho
Pais
fenomenais,
verto
lágrimas
de
gratidão
Homem
em
Missão,
espiritual
revolução
Sou
um
poeta
do
povo
como
o
Samuel
Mira
Brindo
com
cálice
de
néctar
das
vinhas
da
ira
Exponho-me
em
demasia,
verto
vida
em
poesia
Escrevo,
recito,
é
a
minha
terapia
A
Lua
é
companhia
até
receber
o
dia
A
Luta
continua
a
fé
é
pura
magia
Exponho-me
em
demasia,
verto
vida
em
poesia
Escrevo,
recito,
é
a
minha
terapia
A
Lua
é
companhia
até
receber
o
dia
A
Luta
continua
a
fé
é
pura
magia
Vida
na
estrada
à
cigano,
nómada
contemporâneo
A1
de
norte
a
sul
na
carrinha
todo
o
ano
Tantas
histórias,
crónicas
dum
bom
malandro
Disparos
de
salvas
para
o
ar
com
a
glock
do
Sandro
Mato
com
versos,
balas
saem
do
microfone
Verdade
de
La
Palice,
condição
sinequanone
Ao
ser,
e
eu
sou,
muralha
Fernandina
Até
finar
enrolado
na
mortalha
divina
Até
lá,
sou
Sal
da
Terra,
sou
Paz
e
Guerra
Pelo
ideal
de
justiça
que
em
mim
impera
Há
tanto
lixo,
tanto
ruído,
tanta
merda,
pés
no
lodo
Isto
é
um
nicho,
um
ninho
de
fraude,
má-fé
e
dolo
Venho
varrer
a
feira,
por
os
pontos
nos
i's
Tou
farto
destes
meninos
a
brincar
aos
MC's
Os
meus
melhores
amigos
são
os
teus
maiores
ídolos
Mostra
respeito
infinito
pelos
magníficos
Exponho-me
em
demasia,
verto
vida
em
poesia
Escrevo,
recito,
é
a
minha
terapia
A
Lua
é
companhia
até
receber
o
dia
A
Luta
continua
a
fé
é
pura
magia
Exponho-me
em
demasia,
verto
vida
em
poesia
Escrevo,
recito,
é
a
minha
terapia
A
Lua
é
companhia
até
receber
o
dia
A
Luta
continua
a
fé
é
pura
magia
Esquece
a
fama,
o
ego,
o
umbigo
Estou
a
educar
crianças
indigo
Contigo
amigo
no
meio
do
perigo
Estou
a
ensinar
a
gritar
eu
consigo
Eu
consigo,
digno
prossigo
Persigo
sempre
o
objectivo
Guerreiro
antigo,
mesmo
ferido
Não
me
dou
por
vencido,
em
frente
eu
sigo
Vida
espremida
em
versos
Eu
confesso
desde
do
expresso
Não,
não
cesso,
eu
ofereço
Livre
acesso
sim
pago
o
preço
Que
for
preciso
mesmo
que
isso
Implique
expor
o
meu,
intimo
Límpido,
transparente
corrente
contínua,
dínamo
Dispo-me
nas
rimas,
vês
as
entranhas
Vísceras,
sem
máscaras
Poesias
estranhas
a
polir
Míseras
arestas
ásperas
Sobes,
és
logo
puxado
pra
baixo
Vozes
opinam,
de
todos
os
lados
Ousam
calçar
os
meu
sapatos
Tantos
gajos
querem
dar
os
meus
passos
Devias
ser
assim,
devias
ser
assado
Devias
ser
cozido,
devias
ser
guisado
Rumo
ao
apogeu,
só
posso
ser
eu
Sigo
em
frente,
já
lá
vai
o
passado
Um
brinde
a
quem
já
lutou
e
venceu
Saúde
a
quem
já
caiu
e
se
ergeu
Todo
aquele
que
iluminou
o
breu
E
voou
livre
em
direcção
ao
céu
Exponho-me
em
demasia,
verto
vida
em
poesia
Escrevo,
recito,
é
a
minha
terapia
A
Lua
é
companhia
até
receber
o
dia
A
Luta
continua
a
fé
é
pura
magia
Exponho-me
em
demasia,
verto
vida
em
poesia
Escrevo,
recito,
é
a
minha
terapia
A
Lua
é
companhia
até
receber
o
dia
A
Luta
continua
a
fé
é
pura
magia
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