Lyrics Meu Rancho - Ao Vivo - Noel Guarany
É
a
sina
dos
tapejaras
dessas
de
beber
mensagens
Que
o
vento
traz
nas
aragens
do
fundo
das
noites
claras
Bordoneando
nas
taquaras
ou
pelas
frinchas
da
porta
Porque
reanime
e
conforta
o
velho
sangue
guerreiro
Que
se
eu
nasci
missioneiro
o
demais
pouco
me
importa
Nasci
no
meio
do
campo,
na
costa
do
banhadal
Dentro
de
um
rancho
barreado,
de
chão
duro
e
desigual
Meu
berço
foi
um
pelego
sobre
o
couro
de
um
bagual
Bebi
leite
na
mangueira,
numa
guampa
remanchada
E
à
cavalo
num
tição,
me
aquentei
de
madrugada
Enquanto
o
vento
assobiava
nos
campos
brancos
de
geada
Brinquei
com
gado
de
osso
na
sombra
de
um
velho
umbu
E
assim
golpeando
um
amargo
e
o
churrasco
meio
cru
Fui
crescendo
e
me
orgulhando
de
ter
nascido
um
xirú
Depois
de
andar
gauderiando,
por
muita
querência
estranha
Hoje
vivo
no
meu
rancho
na
humildade
da
campanha
Junto
a
chinoca
querida
e
o
cusco
que
me
acompanha
E
é
meu
vizinho
de
porta
um
casal
de
quero-quero
Por
isso
embora
índio
pobre
bem
rico
me
considero
Tendo
china
pingo
e
cusco,
no
mundo
nada
mais
quero
Na
estaca
em
frente
do
rancho
dorme
o
pingo
meu
amigo
Companheiro
que
eu
adoro,
prenda
guasca
que
bem
digo
Pois
alegrias
e
penas
sempre
reparte
comigo
E
quando
de
noite
a
Lua
vem
destapando
meu
rancho
Agarro
na
gaita
velha
que
guardo
erguida
num
gancho
E
dando
de
rédeas
ao
peito,
num
vaneirão
me
desmancho
E
ali
pela
solidão
onde
o
meu
canto
escaramuça
Parece
que
a
noite
velha
cheia
de
mágoa
soluça
E
a
própria
Lua
pampeana
no
santa
fé
se
debruça
E
o
meu
verso
é
como
o
vento
que
vai
dobrando
a
flexilhas
E
floreia
compadresco
o
hino
destas
coxilhas
Entre
os
buracos
de
bala
do
pavilhão
farroupilha
E
é
mesmo
que
o
bombeador
nos
piquetes
da
vanguarda
Que
vai
abrindo
caminho
pras
tropas
da
retaguarda
Enquanto
a
cordeona
chora
meu
cusco
fica
de
guarda
Mas
pra
deixar
o
sossego
do
meu
rancho
macanudo
Basta
só
a
voz
dum
clarim,
com
china
e
cusco
me
mudo
Na
defesa
do
Rio
Grande
que
adoro
acima
de
tudo
Muito
obrigado
Muito
obrigado
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