Lyrics Mudança (Ao Vivo) - Sérgio Reis
Na
hora
que
aquela
jamanta
comprida
Com
as
tampas
descidas
ali
foi
parando
Olhei
pra
família,
olhei
pras
crianças
E
a
nossa
mudança
já
estava
esperando
Pedi
que
ajeitasse
em
cima
da
carga
A
mesa
bem
larga
de
jacarandá
Porque
lá
na
tulha
socada
até
o
teto
Tem
uns
objetos
que
eu
quero
que
vá
E
ali
foram
pondo
enxada
e
machado
O
velho
arado
e
a
mão
de
pilão
Um
baú
bem
velho
já
sem
dobradiças
E
as
rodas
maciças
do
meu
carretão
Até
o
velho
cocho
do
fundo
furado
Que
estava
jogado
no
pasto
eu
catei
Olhando
essas
coisas
eu
já
me
consolo
Até
o
monjolo
no
corgo
eu
peguei
Lá
na
velha
tulha
subi
nas
beiradas
Catei
as
linhadas
e
as
varas
de
anzol
Peguei
uma
cela
com
rédeas
e
freios
Que
estava
no
esteio
do
velho
paiol
Passei
no
terreiro
num
canto
de
lado
Catei
um
punhado
de
cinza
e
carvão
Lembranças
que
eu
levo,
talvez
derradeiras
Da
antiga
fogueira
do
meu
São
João
Mas
quando
eu
falei:
Já
pode
tocar
Desci
para
pegar
o
meu
chapéu
de
palha
Na
volta
peguei
uma
rosa
em
botão
E
beijei
o
chão
do
campinho
de
malha
Em
cima
da
carga
fiz
nome
do
padre
E
pro
meu
compadre
abanei
o
chapéu
Parece
que
eu
ia
pro
inferno
viajando
E
ali
fui
deixando
meu
mundo,
meu
céu
Até
meu
cachorro
que
eu
já
tinha
dado
Chegou
apressado
pra
ver
se
era
eu
Chegou
se
apoiando
nas
patas
dianteiras
Subiu
na
rabeira
e
meu
corpo
lambeu
Assim
eu
deixei
o
meu
canto
encantado
No
dia
nublado
querendo
chover
E
os
meus
objetos
dos
tempos
antigos
Vão
ficar
comigo
até
quando
eu
morrer
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