Paroles et traduction Alfredo Marceneiro - Fado Laranjeira

Fado Laranjeira

Em tenra laranjeira
Ainda pequenina
Onde poisava um melro
Ao declinar do dia

E depois de te beijar
A boca purpurina
Um nome ali gravei
O teu nome Maria

Depois de te beijar
A boca purpurina
Um nome ali gravei
O teu nome Maria

Em volta um coração
Também com arte e jeito
Ao circundar teu nome
A minha mão gravou

Esculpi-lhe uma data
E o trabalho feito
Como sêlo d' amor
No tronco lá ficou

Esculpi-lhe uma data
E o trabalho feito
Como sêlo d' amor
No tronco lá ficou

Mas no rugoso tronco
Eu vejo com saudade
O símbolo do amor
Que em tempos nos uniu

Cadeia de ilusões
Da nossa mocidade
Que o tempo enferrujou
E que depois partiu

Cadeia de ilusões
Da nossa mocidade
Que o tempo enferrujou
E que depois partiu

E à linda laranjeira
Altar pregão d'amor
Que tem a cor da esperança
A cor das esmeraldas

Vão as noivas colher
As simbólicas flores
Para tecer num sonho
As virginais grinaldas

Vão as noivas colher
As simbólicas flores
Para tecer num sonho
As virginais grinaldas

Fado Laranjeira

On tender young orange tree,
When still a tiny thing,
Where a blackbird used to sing
At sunset's shimmering.

And after I kissed you then,
Your mouth so sweet and red,
I carved a name nearby,
Your name, my love instead.

After I kissed you then,
Your mouth so sweet and red,
I carved a name nearby,
Your name, my love instead.

A heart I drew around,
With art and careful touch,
Encircling with your name
The message means so much.

A date I carved on there,
My work now done and still
As love's own sacred seal
It lingers on the sill.

A date I carved on there,
My work now done and still
As love's own sacred seal
It lingers on the sill.

Yet still upon that rugged bark
With longing eyes I see
The symbol of the love
That once united me.

A fragile chain of dreams,
Of our youth's tender flame,
Which time has rusted through
And then has torn apart.

A fragile chain of dreams,
Of our youth's tender flame,
Which time has rusted through
And then has torn apart.

And to that orange tree,
An altar of true love,
With color of the hope
That shines from heaven above.

The brides will come to pick
The flowers, ever fair,
To weave into a dream
The garlands that they'll wear.

The brides will come to pick
The flowers, ever fair,
To weave into a dream
The garlands that they'll wear.