paroles de chanson Sob As Mangas do Aguaceiro - César Oliveira
A
manga
calma
se
transforma
em
aguaceiro
O
chuvisqueiro
desentoca
um
campomar
Que
se
tolda
em
cima
dum
baio-oveiro
Com
meu
sombreiro
que
tombeia
ao
desaguar
Fecho
seis
dias
que
eu
lido
no
alagado
E
o
banhado
já
virou
um
tremendal
Onde
é
várzea,
tornou
tudo
encharcado
Campo
dobrado,
vertente
de
lamaçal
Até
a
baeta
do
meu
poncho
está
molhada
Garra
ensopada
de
varar
passo
e
sanga
O
galpão
virou
um
varal
de
arreios
Oreando
aperos
enchaguados
pela
manga
O
gado
berra
nostalgeando
tempo
feio
E
a
parelha
do
arreio
calechou-se
das
basteiras
Lombo
molhado
pra
pisar
foi
bem
ligeiro
Ainda
a
força
do
potreiro
tá
de
baixo
da
aguaceira
Uma
estiada
negaceia
por
matreira
Com
cisma
de
caborteira
vem
escondendo
a
cara
Do
meu
galpão
sorvo
as
horas
tramando
tentos
Desquinando
pensamentos,
remendando
alguma
garra
Então
me
olvido
empreitando
esta
faina
Pois
a
força
divina
já
mais
falha
e
nunca
erra
Talvez
a
chuva
seja
o
adubo
já
gasto
Que
veio
firma
o
pasto
e
larga
uma
graxa
na
terra
Talvez
a
chuva
seja
o
adubo
já
gasto
Que
veio
firma
o
pasto
e
larga
uma
graxa
na
terra
1 A Don Mario Villagran
2 Tropeando Prá o Saladeiro
3 Missioneiro
4 Na Boca da Noite
5 Esta Milonga Que Canto
6 Romaria Dos Pirilâmpos
7 Nos Galpões
8 Poema À Moça da Janela
9 Sob As Mangas do Aguaceiro
10 Cavalinho de Pau
11 Ao Trote
12 Brotei do Chão da Boconas
13 Lamento Posteiro
14 No Cocho de Sal
15 Copias de um Tosador
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