César Oliveira - Sob As Mangas do Aguaceiro paroles de chanson

paroles de chanson Sob As Mangas do Aguaceiro - César Oliveira



A manga calma se transforma em aguaceiro
O chuvisqueiro desentoca um campomar
Que se tolda em cima dum baio-oveiro
Com meu sombreiro que tombeia ao desaguar
Fecho seis dias que eu lido no alagado
E o banhado virou um tremendal
Onde é várzea, tornou tudo encharcado
Campo dobrado, vertente de lamaçal
Até a baeta do meu poncho está molhada
Garra ensopada de varar passo e sanga
O galpão virou um varal de arreios
Oreando aperos enchaguados pela manga
O gado berra nostalgeando tempo feio
E a parelha do arreio calechou-se das basteiras
Lombo molhado pra pisar foi bem ligeiro
Ainda a força do potreiro de baixo da aguaceira
Uma estiada negaceia por matreira
Com cisma de caborteira vem escondendo a cara
Do meu galpão sorvo as horas tramando tentos
Desquinando pensamentos, remendando alguma garra
Então me olvido empreitando esta faina
Pois a força divina mais falha e nunca erra
Talvez a chuva seja o adubo gasto
Que veio firma o pasto e larga uma graxa na terra
Talvez a chuva seja o adubo gasto
Que veio firma o pasto e larga uma graxa na terra




César Oliveira - Na Boca da Noite
Album Na Boca da Noite
date de sortie
10-10-2016




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