paroles de chanson Matemática na Prática - GOG
Do
fundão
ceilândia
Mais
precisamente
da
expansão
do
centoró
Onde
tiros,
tiras,
pó
Misturados
dão
um
problema
só
É
de
onde
veio
seu
irmão
japão
Acreditando
que
a
mente
é
a
mais
farta
munição
Reféns
da
miséria,
não
Essa
sina
pro
meu
povo,
não,
então
Injustiças,
ira,
meu
sangue
sobe
Dia
a
dia
esse
jogo
não
há
quem
não
jogue
Dino
black
mano
mix
toca
discos
Completando
o
time
meu
chegado
gog
Haha,
acionaram
de
novo
o
gatilho
E
o
barulho
ouvido
deixou
um
pai
sem
seu
filho
Ou
um
filho
sem
pai
A
ordem
dos
fatores
aqui
tanto
faz
Matemática
na
prática
Subtração
feita
de
forma
trágica
Onde
a
divisão
é
o
resultado
E
a
adição
são
os
problemas
multiplicados
Conduzindo
rumo
ao
cemitério
outro
ao
submundo
Minha
voz
é
forte
sincera
Minha
casa
minha
quebra
considerada
riacho
fundo
Gog
chega
ai
sou
da
CI
E
eu
riacho
fundo
enfim
Todos
da
periferia
juntos
Muleque
eu
disse
juntos
É
serio
Todas
as
noites
quando
acordo
olho
o
telhado
do
barraco
E
junto
as
orações
que
faço
Imagino
se
o
futuro
fosse
hoje
seria
complicado
Muito
complicado
Minha
mulher
na
beira
do
fogão
só
cansaço
Meu
filho
um
muleque
sem
espaço
Eu
a
um
passo
do
fracasso
Com
um
salário
que
se
colocado
no
papel
ladrão
Mal
daria
a
cesta
básica
e
o
aluguel
Causa
arrepios
Tudo
isto
é
uma
cadeia,
uma
grande
teia
prepara
a
fuga
Sou
meu
próprio
carcereiro
e
a
chave
minha
conduta
Caneta
e
papel
na
mão
sai
o
rascunho
O
raciocínio
comanda
meu
punho
Cenas
fortes
sem
cortes
sou
testemunho
A
matemática
na
prática
é
sádica
Reduziu
meu
povo
a
um
zero
a
esquerda
mais
nada
Uma
equação
complicada
Onde
a
igualdade
é
desprezada
A
seguir
cenas
que
nada
tem
haver
com
conto
de
fadas
Seu
pai
faxineiro
lava
banheiros
Salário
mais
gorjetas
de
terceiros
De
quebra
faz
um
bico
revendendo
jogos
feitos
numa
lotérica
Sua
mãe
com
mais
de
sessenta
ainda
trabalha
de
doméstica
E
assim
se
completa
a
renda
da
família
Dois
salários,
mais
gorjeta,
bico,
aposentadoria
Somando
tudo
dá
a
certeza
de
lutar
por
melhores
dias
Éh
sua
velha
anda
cansada
A
perna
inchada
cheia
de
varizes
Que
dificultam
a
circulação
sanguínea
Um
braço
forte,
lava,
passa
A
mais
de
quinze
anos
sem
carteira
assinada
Alegria
da
criançada
Cozinha
que
é
uma
maravilha
Na
casa
do
patrão
ela
é
a
dona
Maria
Até
hoje
esquecem
o
nome
dela
E
Maria
é
como
eles
chamam
a
maioria
Uma
velha
que
traz
no
coração
duas
feridas
Um
filho
aprontam
e
uma
filha
trabalhando
Em
um
puteiro
de
quinta
categoria
Periferia
é
periferia
Relatos
dramáticos
desejos
trágicos
Meios
violentos
os
mais
usados
E
o
tão
sonhado
100
por
cento
longe
de
ser
atingido
Traduzindo
eu
disse
traduzindo
Ontem
pipocaram
seu
vizinho
roubaram
sua
mãe
Cena
digna
de
cinema
desafio
a
lógica
O
corpo
ali,
ham
Sua
velha
sem
poder
reagir
Parecia
querer
desistir,
mas
filhos,
netos
A
fizeram
prosseguir,
já
disse,
vou
repetir
Cara,
acorda,
olha
nosso
povo
aqui
nessa
UTI
Louco
pra
sobreviver
precisando
de
você
hein
Cadê
você
Só
bebe,
fuma,
injeta,
não
conversa
Qualquer
induz
e
aperta
Apertou,
jogou,
fechou
pra
você
tudo
certo
A
vida
do
outro
na
sua
mão
um
objeto
e
aí?
Mude
seu
conceito
do
que
é
ser
esperto
Eram
três
pretos
de
favela
nessa
porra,
agora
quatro
Se
liga,
malandro,
no
som
pesado
Eram
três
pretos
de
favela
meu
cumpadi,
agora
quatro
Eram
três
pretos
meu
cumpadi
de
favela,
agora
quatro
Se
liga,
malandro,
no
som
pesado
Eram
três
pretos
de
favela
nessa
porra,
agora
quatro
Eram
três
pretos
de
favela
nessa
porra,
agora
quatro
Se
liga,
véi,
nesse
som
pesado
Eram
três
pretos
de
favela
meu
cumpadi,
agora
quatro
Eram
três
pretos
de
favela
nessa
porra,
agora
quatro
Se
liga,
malandro,
no
som
pesado
Eram
três
pretos
de
favela
meu
cumpadi,
agora
quatro
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