Paroles et traduction Lucilia Do Carmo - Madragoa

Madragoa

Ó Madragoa das bernardas e das trinas
Dos padeiros, das varinas, da tradição
És a Lisboa que nos fala doutra idade
Doutros tempos da cidade que já lá vão

Bairro cercado por igrejas e conventos
Com tão santos monumentos na vizinhança
Meu bairro amado, vem mostrar que é bem verdade
Que entre a fé e a caridade, pôs Deus a esperança

Ó Madragoa
Que és a mãe da minha mãe
Ó gente boa do meu bairro, escutem bem

És Lisboa
Do progresso e da vaidade
É e ali na Madragoa que mora a saudade

És, Madragoa, mais cristã que a Mouraria
Mais alegre que a alegria e até mais bela
Doa a quem doa, não há bairro com mais raça
Com mais graça até que a Graça mais luz que a Estrela

Ali viveram sempre, esses bravos mareantes
Foi ali que os navegantes fizeram ninho
Muitos morreram, mas há um que o povo adora
Esse herói que o povo chora, Gago Coutinho

Ó Madragoa
Que és a mãe da minha mãe
Ó gente boa do meu bairro, escutem bem

És Lisboa
Do progresso e da vaidade
É e ali na Madragoa que mora a saudade

É Lisboa
Do progresso e da vaidade
É e ali na Madragoa que mora a saudade

Madragoa

Oh Madragoa of nuns and beaded rosaries
Of bakers, of fishwives, of tradition
You are the Lisbon that speaks to us of another age
Of other times in the city that are gone

Neighborhood surrounded by churches and convents
With such holy monuments in the neighborhood
My beloved neighborhood, come show that it is true
That between faith and charity, God has placed hope

Oh Madragoa
You are the mother of my mother
Oh good people of my neighborhood, listen well

You are Lisbon
Of progress and vanity
And it is in Madragoa that longing resides

You are, Madragoa, more Christian than Mouraria
More joyful than joy and even more beautiful
And whoever disagrees, there is no neighborhood with more soul
With more charm than Graça and more light than Estrela

There always lived those brave sailors
It was there that the navigators made their nests
Many died, but there is one that the people adore
That hero who the people mourn, Gago Coutinho

Oh Madragoa
You are the mother of my mother
Oh good people of my neighborhood, listen well

You are Lisbon
Of progress and vanity
And it is in Madragoa that longing resides

You are Lisbon
Of progress and vanity
And it is in Madragoa that longing resides