paroles de chanson Cadeira - Luiza Lian
A
cadeira
estava
sem
as
pernas
sentada
no
chão,
no
centro
da
sala
As
partes
formavam
uma
cruz
A
cor
era
nostálgica
Dava
sentido
pra
dança
da
poeira
até
grudar
na
janela
(precisava
de
circulação)
Rastros
de
um
desmanche,
mancha
dos
objetos
no
chão!
Rastros
de
um
desmanche,
mancha
dos
objetos
no
chão!
No
vidro
não
tinham
desenhos,
mas
tinham
digitais
No
vidro
não
eram
desenhos,
eram
digitais
No
meu
ouvido
ela
gritava
- Baby,
Baby...
Eu
sei
que
tudo
morre,
que
tudo
acaba,
que
a
morte
faz
um
risco
na
retina
como
a
faca
de
Buñuel.
E
Os
olhos
se
regeneram
mas
o
trauma
do
corte
refaz
seu
movimento
num
eco
fantasma
Olhe
para
este
ponto,
fure
aqui
Amorteça
esse
desenho,
corte
aqui
- Quero
dar
um
Reload,
uma
turbinada
Olhe
para
esse
ponto,
amorteça
meu
desejo
Pra
uma
cicatrização
perfeita
e
o
disfarce
completo
da
cirurgia
Mas
é
plástico,
é
uma
enrascada!
O
sorriso
é
prático.
A
mulher
diz
"Vai
com
Deus",
Deus
não
tá
alí
O
sorriso
era
histérico
e
aquela
delicadeza
escondia
uma
violência
mortífera
que
envenenava
o
vento
Eles
diziam;
vamos
nós
ao
vosso
Reino
(numa
construção
ambiciosa)
Eles
diziam:
seja
feita
a
vossa
vontade
(na
frente
do
espelho)
Com
o
altar
queimado
E
o
olhar
em
cruz
Céu/Inferno/Morte/Sul
(olho
pra
cima,
olho
pra
baixo,
olho
pro
lado,
olho
pra
frente)
Céu/Inferno/Morte/Sul
E
as
doenças
tantas
que
as
flechas
de
Miguel
vinham
com
insights
alopáticos
Os
colapsos
eram
pessoais,
mas
manchavam
a
paisagem
A
paisagem
era
bela
Alguém
gritava
"mata-me
de
desejo"
O
sexo
que
era
estranho
"mata-me
de
desejo"
1 Pó de Ouro
2 É Nela Que Se Mora
3 Manada
4 Tem Luz (Úmida V)
5 Oyá
6 Flash (Úmido IV)
7 Tucum
8 Cadeira
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