paroles de chanson O Balé de Muhammad Ali - Marcello Gugu feat. Thiago Jamelão
O
Balé
de
Muhammad
Ali
Marcello
Gugu
Letra
de
"O
Balé
de
Muhammad
Ali"
com
Marcello
Gugu
& Thiago
Jamelão
Nós
somos
Cristo
no
deserto
A
arma
na
mão
do
pai
de
Marvin
Os
panos
que
limparam
o
sangue
do
rosto
de
Martin
A
cruz
de
Viviany
Beleboni
O
preço
entre
a
maçã
do
Éden
a
do
smartphone
O
encanto
no
resistir,
um
top
less
no
Paquistão
Sonhos
em
decomposição,
o
cheiro
do
ralo
A
última
volta
que
o
ar
deu
pelos
pulmões
de
Frida
Khalo
A
vida
desnuda,
marcas,
celulite
Um
trapezista
equilibrando
drogas
pra
labirintite
Elvis
com
poliomielite,
rouquidão
de
uma
sereia
O
mergulho
duma
gilete
na
piscina
de
tuas
veias
Judas
na
Santa
Ceia,
pedra
num
vespeiro
Uma
câmara
de
gás
tentado
parecer
um
chuveiro
Uma
mãe
de
Maio,
o
peso
de
um
vão
Desejos
de
primeiro
mundo
estampam
bocas
no
Sudão
Lavamos
silêncios
a
mão,
neuras,
cismos
Mil
formas
de
amor
em
espectros
de
autismo
No
batismo
o
neném
que
se
afoga
E
um
judeu
forçado
a
pintar
suásticas
numa
sinagoga
Liberdade
em
voga,
o
olhar
dum
refugiado
E
uma
casa,
encarando
um
tornado
Toda
luta
tem
dois
lados,
espelhos
a
narcisos
cegos
Sim,
somos
Cristo
Coroas
só
depois
dos
pregos!
A
vida
tem
tanto
a
ensinar
O
tempo
é
quem
vai
mostrar
A
vida
tem
centenas
de
motivos
pra
dar
certo
Lutar
de
peito
aberto
é
dom
Nós
dançamos
como
lutamos,
o
balé
de
Muhammad
Ali
Mas
somos
o
que
transformou
no
chão
do
Haiti
Berotec,
Bacardi,
depressão
é
traça
Os
pedidos
de
socorro
de
Amy
na
borda
das
taças
A
água
das
cabaças,
a
duvida
no
amanhã
Capitão
América
estréia
no
Vietnã
Solidão
como
artesã,
rotina
como
cópia
Alejadinho
esculpe
belas
mãos,
enquanto
perde
as
próprias
O
paraíso
de
Milton,
o
inferno
de
Dante
Jóias
de
marfim
nas
vistas
de
um
elefante
Um
cego
num
mirante,
calos,
aflições
O
cheiro
de
café
pra
quem
trampou
nas
plantações
Remendo
em
corações,
a
sobra
da
feira
Pequenos
milagres,
revoluções
com
olheiras
Orações
na
soleira,
mofo
no
acreditar
Um
Alcoolicos
Anônimos
do
lado
dum
bar
Cada
chance
é
um
lar,
e
entre
êxito
e
trauma
Beethoven
cria
sinfonia
e
morre
sem
ouvir
as
palmas
Dores
na
alma,
um
caminho
que
bifurca
Uma
lingerie
sufocada
por
uma
burca
Sonhos
em
luta
faz
do
existir
motivo
Toda
vida
depois
da
palavra
soropositivo
Nem
só
dor
ou
só
crivo,
luz
diante
a
fera
Sementes
em
Chernobyl,
só
esperamos
a
primavera
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