paroles de chanson Desdita - Miguel Araújo
Ouvi
da
minha
desdita
Certo
dia
em
que
eu
passei
Numa
ruela
tão
estreita
Que
onde
fica
eu
já
nem
sei
Calhou
de
estar
à
janela
Nesse
dia,
aquela
hora
A
criatura
tão
bela
Que
naquela
casa
mora
Delicada
de
cintura
E
com
setas
no
olhar
Ao
ver
a
minha
figura
Sorriu
e
mandou-me
entrar
Nesse
dia
à
mesma
hora
Não
chegou
pelo
jantar
O
fiador
da
cidade
E
lá
o
foram
procurar
Veio
dar
à
beira
rio
Sem
roupas,
sem
cor,
desfeito
Com
as
vergonhas
de
fora
E
três
facadas
no
peito
Por
nunca
ter
um
tostão
Fui
o
principal
suspeito
Fizeram
de
mim
o
vilão
Naquele
golpe
perfeito
Logo
de
manhãzinha
Ao
juiz
eu
fui
chamado
E
qual
não
foi
o
meu
espanto
Eu
já
lá
tinha
estado
Era
aquela
tal
ruela
Estreita
como
a
minha
sorte
Sem
ter
ninguém
à
janela
Desta
vez
bati
à
porta
Sem
nada
que
desculpasse
Obra
que
eu
não
assinei
Fosse
qual
fosse
o
desfecho
Eu
nada
tinha
contra
a
Lei
E
o
meu
álibi
ficou
preso
No
nó
da
minha
garganta
Sei
que
se
põe
à
janela
E
se
houver
Sol
ainda
canta
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