Paroles et traduction Vitor Ramil - Sapatos em copacabana

Sapatos em copacabana

Caminharei os meus sapatos em Copacabana
Atrás de livro algum pra ler no fim de semana
Exercitar aquela velha ótica sartreana
Vendo o maxixe falso da falsa loira falsa bacana

O mendigo ensaia o passo lento um carro avança

Sei que não tenho idade
Sei que não tenho nome
Só minha juventude
O que não é nada mal

(Escreverei os meus sapatos na tua idéia
Escreverei os meus sapatos na tua postura
Escreverei os meus sapatos na tua cara
Escreverei os meus sapatos no teu verbo
Escreverei os meus sapatos nos teus
Copacabana)

Regressarei os meus sapatos por Copacabana
Na mão direita o sangue de uma história italiana
Escorregar um tango numa casca de banana
Quando cair só vou lembrar da tua risada sacana

O polícia esquece a mão suspensa um carro avança

Sei que não tenho idade
Sei que não tenho nome
Só minha juventude
O que não é nada mal

(As negras pupilas do verso dilatam)
(Os automóveis jorram de um piano)
(As negras pupilas do verso dilatam)
(Os automóveis jorram de um piano)

Shoes in Copacabana

I'll walk my shoes in Copacabana
Looking for a book to read over the weekend
To exercise that old Sartrean optic
Seeing the fake bouillabaisse of the fake blonde fake cool chick

The beggar rehearses his slow step, a car advances

I know I'm not old enough
I know I have no name
Just my youth
Which is not so bad

(I will write my shoes in your idea
I will write my shoes in your attitude
I will write my shoes on your face
I will write my shoes in your verb
I will write my shoes in yours
Copacabana)

I'll walk my shoes back through Copacabana
In my right hand, the blood of an Italian story
To slip a tango on a banana peel
When I fall, I'll only remember your wicked laugh

The policeman forgets his raised hand, a car advances

I know I'm not old enough
I know I have no name
Just my youth
Which is not so bad

(The black pupils of the verse dilate)
(Cars pour out of a piano)
(The black pupils of the verse dilate)
(Cars pour out of a piano)