Текст и перевод песни André Teixeira - Poeira de Parador (Ao Vivo)

Poeira de Parador (Ao Vivo)

Foi quando o laço arrastado
Voltou em rodilhas pros tentos,
Que aquela nuvem de poeira
Subiu na manhã sem vento.
No quadro que se pintou,
Quando baixou a cortina,
Parte da terra voltou,
Parte ficou na retina.

Visão de campo embaçada
De terra e de sentimento.
Não é o pó das estradas,
Nem polvadeira de vento.
É poeira de parador,
é uma paisagem por dentro.
Da terra é o carnal e a flor,
Oreando ao sol do meu tempo.

Por algo que o gado antigo,
Que abriu os primeiros rastros,
Fez deste alto um abrigo
Virando a terra nos cascos.
Depois vieram "los gauchos",
A pedra, o ferro, o calor.
E ali não subiu mais pasto,
Só poeira de parador.

Um touro que escarva a terra
Pra outro desafiador.
E o encontronaço das aspas
Retumba no parador.
Sobe o som na polvadeira,
Pro céu que muda de cor.
Quem respirou dessa poeira
A enxerga por onde for.

Esse é o templo primitivo,
Sem torre, sem catedral,
Onde o ritual mais antigo
Queima nas pedras de sal.
Tremor de sovéu sinchando,
Toruno juntando as mãos,
Com incensos fumaceando
Da terra que deixa o chão.

No quadro que se pintou,
Quando baixou a cortina,
Parte da terra voltou,
Parte ficou lá por cima.

Dust of the Ranch (Live)

It was when the broken rope
Returned on its knees to the tent,
That that cloud of dust
Rose on the windless morning.
In the painted scene,
When the curtain came down,
Part of the earth returned,
Part stayed on the retina.

Vision of a blurred field
Of soil and of feeling.
It's not the dust of the roads,
Nor the dust devil of the wind.
It's the dust of the ranch,
it's an inner landscape.
From the earth is the carnal and the flower,
Breathing in the sun of my time.

For something that the ancient cattle,
Who opened the first trails,
Made of this height a shelter
Turning the earth over with their hooves.
Then the gauchos came
The stone, the iron, the heat.
And there was no more pasture,
Just the dust of the ranch.

A bull scraping the earth
For another challenger.
And the meeting of the horns
Resounds in the ranch.
The sound rises in the dust.
To the sky that changes color.
Whoever breathed this dust
Sees it everywhere.

This is the primitive temple,
Without tower, without cathedral,
Where the oldest ritual
Burns on the salt stones.
Trembling of horses neighing,
Young men joining hands,
With incense smoking
From the earth that leaves the ground.

In the painted scene,
When the curtain came down,
Part of the earth returned,
Part stayed up there.