Текст песни Estância (feat. Rogério Villagran) - André Teixeira
Canto
de
flecos
e
esporas,
Se
perdem
pelo
galpão,
E
o
amargo
do
chimarrão,
Tem
gosto
doce,
de
aurora,
E
pelo
potreiro
à
fora,
O
mensual
"recolhedor",
Como
se
fosse
um
clamor,
Vem
levantando
a
tropilha,
E
apaga
uma
estrela
que
brilha,
No
estalo
do
arreiador...
Aromas
da
madrugada,
Cheiro
de
pêlos
e
arreios...
Trinam
barbelas
de
freios,
Cimbram
cordas
sovadas...
Um
tirão
na
carne
assada,
Pra
garantir
o
compasso
Porque
o
tempo
fica
escasso
E
o
grito
que
estende
a
forma
É
o
que
dá
sentido
as
normas
Junto
à
presilha
do
laço...
Assim
a
estância
desperta,
Revelando
a
sua
magia,
Se
moldando
a
luz
do
dia,
Que
num
upa,
a
cincha
aperta,
Um
quero-quero
de
alerta,
No
"acouo"
da
cahorrada,
Que
festejando
a
peonada,
Saem
junto
no
entreveiro,
Qual
escolta
do
campeiro,
Rumo
a
um
fundo
de
invernada,
É
sempre
o
mesmo
balanço,
Rodeios,
rebanhos,
tropilhas,
Obrigação
de
quem
encilha,
Do
caborteiro
ao
mais
manso,
Conheço
as
cordas
que
tranço,
Porque
aqui,
sabemos
bem,
Nunca
falta
ou
sobra
alguém,
Quando
um
mandamento
atrai,
" Aqui,
quem
tem
poncho
vai,
E
quem
não
tem,
vai
também!..."
Seja
de
campo
ou
mangueira,
Tanto
a
cavalo
ou
de
a
pé,
A
lida
sabe
quem
é,
Os
que
se
fazem
tronqueiras,
Homens
curtidos
da
poeira,
Têmperas
que
a
geada
molda,
Aço
que
o
tempo
solda,
E
a
terra
sustenta
o
viço,
Quando
a
rudes
do
serviço,
De
fundamentos
se
tolda,
Ser
peão
de
campo
é
assim,
Cada
um
tem
seu
costado,
Coxilha,
várzea
ou
banhado,
Largas
distancias,
sem
fim,
Por
onde
ecoa
o
clarim,
De
um
grito
que
se
levanta,
Sonoridade
que
encanta,
Repontando
o
bicharedo,
E
libertando
os
segredos,
Que
o
mensual
traz
na
garganta.
A
estância
se
manifesta,
Pelo
manejo
conjunto,
Acolherando
os
assuntos,
Entre
o
que
falta
e
o
que
resta,
Onde
quem
se
justa,
empresta,
Sua
vasta
sabedoria,
Se
empenhando
dia
a
dia,
Sol
a
sol,
ou
tempo
feio,
Pois
o
homem
dos
arreios,
Aqui
tem
grande
valia.
É
o
vai
e
vem
da
função,
Da
cozinheira
ao
domeiro,
Do
alambrador
ao
caseiro,
Do
capataz
ao
peão,
Entropilhados
na
união,
Que
dá
requinte
a
importância,
Dos
que
embusalam
esta
ânsia
Junto
ao
clamor
do
ritual,
Que
orgulha
o
peão
mensual
Ter
em
si,
alma
de
estância.
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