Текст песни A Mãe - Elo Da Corrente
Vinda
da
África
aos
seis
Num
navio
Português
Seus
irmãos
eram
três
Traziam
a
fome
na
têz
Numa
terra
distante,
sem
mãe,
nem
pai
Com
orgulho
de
sua
raça
que
da
alma
não
sai
É
como
um
fruto
que
cai
quando
amadurece
Essa
menina
apanhando,
vai...
Enquanto
cresce
De
dentro
da
senzala
o
coração
arredio
No
trabalho
da
terra,
num
sonho
doce
tardio
Por
direito
ou
por
briga
ter
o
seu
próprio
chão
Sem
que
o
grito
se
encerre
e
não
leve
a
revolução
Com
o
corpo
marcado
pelas
mãos
do
senhor
O
corpo
roubado
pelas
mãos
do
senhor
Mães
do
filho
de
outro
amor,
só
querendo
voar
Ir
pro
mesmo
lugar
que
muito
ouviu
falar
De
vários
semelhantes,
sem
perfeita
verdade
Que
longe
dali,
Nagô
teria
liberdade!
Cai
orvalho
de
sangue
do
escravo
Cai
orvalho
na
face
do
algoz
Cresce,
cresce,
seara
vermelha
Cresce,
cresce,
vingança
feroz
Rumo
a
mata
fechada
com
menos
peso
nos
ombros
Fez
da
vida
um
alívio,
foi
atrás
dos
Quilombos
À
beira-mar
ajoelhou-se
como
de
costume
Fez
oferenda
a
Iemanjá
e
sentiu
seu
perfume
Encontrou
esperança
em
outros
olhos
tristonhos
Abraçou
os
irmãos
que
dividiam
os
mesmos
sonhos
Mas
nenhum
se
realizava
Pois
dentro
dos
mucambos
também
se
escravizava
Perdida
aos
33
entre
os
seus
Recém
chegada
e
pensando
em
dizer
adeus
Lembra
da
mãe
antes
de
levantar
pra
luta
Fechou
os
olhos,
mas
manteve
a
face
enxuta
Na
batalha,
morrer
sim,
entregar
não
Disse
aos
milhares
com
as
mãos
no
coração
Entre
guerreiros
e
tolos
se
abençoou
Pois
vinha
guerra
no
instante
em
que
voou
Cai
orvalho
de
sangue
do
escravo
Cai
orvalho
na
face
do
algoz
Cresce,
cresce,
seara
vermelha
Cresce,
cresce,
vingança
feroz
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