Текст песни Cartas Que Deixo para o Vento - Makalister
Desmato
o
centeio
O
caminho
se
clareia
e
se
mostra
sob
as
luzes
da
centelha
O
rosto
na
ribalta
com
resíduos
de
épocas
passadas
Teias
de
aranhas,
poeiras,
estandartes
jogados
às
traças
Memórias,
lugares
que
passei
sem
querer
visitar
Por
onde
meus
instintos
decidiram
guiar
Gosto
quando
desapego
como
cartas
que
deixo
para
o
vento
Garrafas,
quadros,
retratos
no
meu
quarto
Meus
textos
se
personificam
e
bailam
Me
chamam
pra
levantar
e
sair
mas
estou
a
dormir
Cansado
de
ver,
ouvir,
resistir
ao
tempo
Emergente
como
o
susto
no
pássaro
no
beiral
da
janela
Exausto,
sem
saber
como
fugir
Confesso
que
as
vezes
me
sinto
Como
um
peixe
que
habita
a
mais
profunda
fenda
no
oceano
Crepúsculo
que
é
plano
pra
naufrágios
Voluptuoso
e
solitário
Derrubo
coisas
quando
acordo
procurando
meus
calçados
Encharcado
de
suor
de
sonho
louco
Acho
que
vejo
o
miasma
pelo
cômodo
Estão
podres
as
daninhas
e
o
mofo
Pútrido,
se
faz
adubo
pra
que
nasça
novos
rumos
Pisei
descalço
e
vi
que
o
chão
estava
úmido
As
vezes
sinto
que
é
meu
último
dia
nessa
guerrilha
E
acendo
um
cigarro
de
camomila
Vou
pra
orla
na
debria
só
pra
ver
minha
subida
refletida
no
espelho
d′água
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