Текст песни Zaino Aporreado - Mano Lima
No
varzedo
do
Manoã
havia
um
potro
aporreado
um
zaino
negro
tapado
crioulo
ali
dos
Helgueira
pois
nunca
foi
na
mangueira
já
se
criou
aragano
nos
campos
do
Justiniano
na
invernada
da
pedreira
não
é
que
eu
tivesse
medo
mas
convoquei
um
pessoal
Hildebrando
indio
bagual
da
lida,
conhecedor
que
me
empresto
um
maneador
bem
comprido
e
sovado
que
amadrinho
num
gaiteado
da
confiança
e
chegador
pra
trazer
uma
canha
pura
eu
pedi
pro
Marco
Aurélio
deito
a
cerca
do
Menélio
ali
onde
cruza
as
oveia
e
saiu
trocando
orelha
meio
à
trote
e
a
galope
e
se
foi
lá
no
baixote
manda
lota
a
boteja
que
eu
ia
pegá
o
tal
zaino
era
grande
o
comentário
reuniu-se
o
vizindário
numa
tarde
muito
quente
sentado
ali
pela
frente
tomando
uma
canha
pura
com
tirador
na
cintura
e
uma
espora
sete
dente
os
ginete
da
redondeza
que
souberam
da
pegada
vieram
pedir
a
bolada
se
acauso
eu
fosse
pro
chão
amigos
do
coração
que
não
deixam
pra
depois
chego
o
Neto
Pedeboi
de
rédea
e
buçal
na
mão
eu
disse
deixa
comigo
que
já
tô
com
a
mão
na
massa
o
pessoal
até
achou
graça
sentado
ali
pelo
chão
isto
é
um
baita
bobalhão
ele
quer
ser
o
que
não
é
pois
já
se
criou
de
à
pé
só
gineteando
os
tição
mas
eu
até
achei
graça
e
disse
pros
gozador
eu
corto
um
corcoveador
de
espora,
golpe
e
mangaço
quem
duvida
do
que
eu
faço
não
é
que
eu
queira
se
o
tal
que
se
vire
num
bagual
que
eu
arranco
o
saco
a
laço
num
entrevero
de
mango
espora,
crina
e
cachorro
não
se
via
se
era
touro
que
ali
vinha
acachorreado
eu
pra
trás
bem
atirado
firmado
só
nas
chilena
e
a
tarde
ficou
pequena
pra
dá
pau
nesse
aporreado
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