Текст песни Uma Iara / Uma Perigosa Yara - Maria Bethânia
A
Iara,
a
que
dorme
Na
vitória
régia
Ai
daquele
que
cái
na
tragédia
Da
nudeza
da
sua
voz
Iara,
a
que
canta
a
sitéria
Ai
daquele
que
cai
na
tragédia
Da
nudeza
do
seu
véu
É
preciso
manter
a
proa
Da
margem
que
incerra
Se
ele
é
livre
ou
se
é
dela
A
Iara,
a
que
canta
a
que
chora
Ao
cair
de
todas
as
tarde
a
Iara
surge
de
dentro
das
águas
Magnifica
com
flores
enfeita
os
cabelos
negros,
no
mês
de
maio
Ela
aparece
ao
pôr
do
sol,
e
a
medida
que
Iara
canta
Mais
atraídos
ficam
os
moços
Houve
um
dia
um
Tapuia
sonhador
e
arrojado,
estava
pescando
E
esqueceu-se
que
o
dias
estava
acabando
e
as
águas
já
se
amansavam
"Acho
que
estou
tendo
uma
ilusão",
pensou
A
morena
Iara
de
olhos
pretos
e
faiscantes
erguera-se
das
águas
O
Tapuia
teve
medo
mas
do
que
adiantava
fugir,
se
o
feitiço
da
flor
das
águas
já
o
inovelara
todo
O
Tapuia
sofria
de
saudade
e
Iara
confiante
no
seu
encanto
esperava
Nesse
mês
de
florido
maio
o
índio
entrou
de
canoa
no
rio,
o
coração
tremulo
A
Iara
veio
vindo
de
vagar
abriu
os
lábios
úmidos
e
cantou
suave
a
sua
vitória
Houve
festa
no
profundo
das
águas
e
sempre
a
tardinha
aparecia
a
morena
das
águas
a
se
enfeitar
com
rosas
e
jasmins
Porque
um
só
noivo
não
lhe
bastava
A
Iara,
a
que
canta,
a
que
chora
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