Lyrics A Casa da Mariquinhas - Versão de 1955 - Alfredo Marceneiro
É
numa
rua
bizarra
A
casa
da
mariquinhas
Tem
na
sala
uma
guitarra
E
janelas
com
tabuinhas
Vive
com
muitas
amigas
Aquela
de
quem
vos
falo
E
não
há
maior
regalo
Que
a
vida
de
raparigas
É
doida
pelas
cantigas
Como
no
campo
a
cigarra
Canta
o
fado
à
guitarra
De
comovida
até
chora
A
casa
alegre
onde
mora
É
numa
rua
bizarra
Para
se
tornar
notada
Usa
coisas
esquesitas
Muitas
rendas,
muitas
fitas
Lenços
de
cor
variada.
Pretendida,
desejada
Altiva
como
as
rainhas
Ri
das
muitas,
coitadinhas
Que
a
censuram
rudemente
Por
verem
cheia
de
gente
A
casa
da
mariquinhas
É
de
aparência
singela
Mas
muito
mal
mobilada
E
no
fundo
não
vale
nada
O
tudo
da
casa
dela
No
vão
de
cada
janela
Sobre
coluna,
uma
jarra
Colchas
de
chita
com
barra
Quadros
de
gosto
magano
Em
vez
de
ter
um
piano
Tem
na
sala
uma
guitarra
P'ra
guardar
o
parco
espólio
Um
cofre
forte
comprou
E
como
o
gaz
acabou
Ilumina-se
a
petróleo.
Limpa
as
mobílias
com
óleo
De
amêndoa
doce
e
mesquinhas
Passam
defronte
as
vizinhas
P'ra
ver
o
que
lá
se
passa
Mas
ela
tem
por
pirraça
Janelas
com
tabuinhas
1 Senhora Do Monte
2 Lembro-me De Ti
3 O Amor É Água Que Corre
4 Mocita Dos Caracóis
5 A Viela
6 Ironia
7 A Casa da Mariquinhas
8 Amor De Mãe
9 A Menina Do Mirante
10 O Lenço
11 O Bêbado Pintor
12 Bairros de Lisboa
13 A Camponesa e o Pescador
14 Eterno Bailado
15 Acto de Contrição
16 Amor Campestre
17 Tricana
18 O Louco
19 A Casa da Mariquinhas - Versão de 1955
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