Lyrics Sob As Mangas do Aguaceiro - César Oliveira
A
manga
calma
se
transforma
em
aguaceiro
O
chuvisqueiro
desentoca
um
campomar
Que
se
tolda
em
cima
dum
baio-oveiro
Com
meu
sombreiro
que
tombeia
ao
desaguar
Fecho
seis
dias
que
eu
lido
no
alagado
E
o
banhado
já
virou
um
tremendal
Onde
é
várzea,
tornou
tudo
encharcado
Campo
dobrado,
vertente
de
lamaçal
Até
a
baeta
do
meu
poncho
está
molhada
Garra
ensopada
de
varar
passo
e
sanga
O
galpão
virou
um
varal
de
arreios
Oreando
aperos
enchaguados
pela
manga
O
gado
berra
nostalgeando
tempo
feio
E
a
parelha
do
arreio
calechou-se
das
basteiras
Lombo
molhado
pra
pisar
foi
bem
ligeiro
Ainda
a
força
do
potreiro
tá
de
baixo
da
aguaceira
Uma
estiada
negaceia
por
matreira
Com
cisma
de
caborteira
vem
escondendo
a
cara
Do
meu
galpão
sorvo
as
horas
tramando
tentos
Desquinando
pensamentos,
remendando
alguma
garra
Então
me
olvido
empreitando
esta
faina
Pois
a
força
divina
já
mais
falha
e
nunca
erra
Talvez
a
chuva
seja
o
adubo
já
gasto
Que
veio
firma
o
pasto
e
larga
uma
graxa
na
terra
Talvez
a
chuva
seja
o
adubo
já
gasto
Que
veio
firma
o
pasto
e
larga
uma
graxa
na
terra
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