Lyrics Andorinha - Deau , Expeão
Foi
de
modo
inocente
que
nos
conhecemos,
andorinha
Toda
a
gente
falava-te
e
eu
mal
te
conhecia
Nunca
te
procurei
mas
conseguiste
dar
comigo
Eu
precisava
de
companhia,
tu
precisavas
de
abrigo
Mostraste-me
a
primavera,
há
muito
tempo
que
já
não
a
via
Fizeste-me
ver
um
lado
que
nem
sequer
sabia
que
eu
tinha
Vivia
a
fase
mais
cinzenta
quando
nos
cruzamos
A
tua
chegada
anunciou
o
verde
dos
meus
campos
Andorinha
Abre
as
asas
e
voa
comigo,
sabes
Tenho
impressão
que
há
quem
não
goste
de
me
ver
contigo
Fazes
ideia
de
como
me
sinto
a
voar
nesta
alturas?
Cada
vez
que
caio,
parece
que
és
só
tu
que
me
seguras
Eu
sei,
és
frágil
e
voar
assim
é
um
grande
risco
Mas
cheira-me
que
se
correr
eu
consigo
viajar
para
outro
sítio
Por
isso
não
presto
atenção
ao
que
os
outros
me
dizem
A
nossa
relação
é
incompreendida,
nem
todos
a
atingem
(Eles)
Estranham
a
tua
presença
fora
da
época
Mas
adoro
a
inconsciência
de
não
sentir
os
pés
na
terra
Quem
me
ama
desespera,
quando
saímos
juntos
Mas
está
tudo
sob
controlo,
preocupem-se
com
outros
assuntos
Adoro
que
me
percebas,
deixas-me
usar-te
quando
queira
Ultimamente
só
não
entendo
porque
é
que
sem
te
querer
Te
uso
à
mesma
Parece
que
se
passa
algo,
não
me
dizes
qual
é
o
problema?
Desde
que
a
nossa
relação
aqueceu,
tornaste-te
ciumenta
Andorinha
Porque
é
que
viras
ave
de
rapina?
Quando
vês
que
a
primavera
acaba
Começas
a
fazer
a
tua
cisma
Dei-te
casa,
dei-te
abrigo
O
que
é
que
te
falta
andorinha?
Não
percebo
o
porquê
dessa
ira
As
vezes
até
penso
que
é
mentira
Quando
ameaças
a
tua
partida
Andorinha
Iniciei
no
verão,
mas
este
parece
estar
a
dar
as
últimas
E
a
esta
altura
tu
já
devias
estar
nas
alturas
O
nosso
amor
está
mais
forte
que
nunca
Sempre
que
transamos,
parece
a
nossa
noite
de
núpcias
Amas-me
como
eu
te
amo?
Nossa
paixão
é
foda
Não
sei
por
que,
mas
é
só
ciúme
à
nossa
volta
O
que
eles
dizem
não
me
importa,
o
outono
começou
a
bater
à
porta
E
em
minha
casa
já
toda
a
gente
nota
que
tu
não
foste
embora
Obrigam-me
a
deixar-te
partir,
mas
isso
é
pedir
muito
Detesto
esta
mania
que
eles
têm
de
dramatizar
tudo
Dizem
que
és
demasiado
selvagem
para
que
eu
te
prenda
Aos
poucos
eu
procuro
gente
que
nos
compreenda
Já
sabia
que
não
era
o
único
a
voar
desta
forma
Senão
não
tinha
a
percepção
de
quanta
gente
se
transforma
No
ir
de
uma
andorinha
libertina,
dócil
e
traquina
Que
vira
ave
de
rapina
quando
o
clima
esfria
Andorinha
Quando
viras
ave
de
rapina
Há
sombras
de
abutres
na
minha
praça
Sinto
que
o
inverno
se
aproxima
Houve
já
uma
noite
fria
Quero
voltar
à
minha
casa
Mas
a
tua
asa
não
me
larga
Prende-me
e
não
me
deixa
ir
embora
Diz-me
que
a
orimavera
não
tarda
A
brilhar
cá
fora
Andorinha,
tu
diz-me,
tu
diz-me
Que
a
primavera
não
tarda
a
brilhar
cá
fora
Andorinha,
tu
diz-me,
tu
diz-me
Que
a
primavera
não
tarda
a
brilhar
cá
fora
Andorinha,
tu
diz-me,
tu
diz-me
Que
a
primavera
não
tarda
a
brilhar
cá
fora
Andorinha,
tu
diz-me,
tu
diz-me
Que
a
primavera
não
tarda
a
brilhar
cá
fora
Tinhas
razão,
Andorinha
Mais
frio
é
o
inverno
mas
a
primavera
é
linda
A
luz
é
tão
forte,
dilata
a
íris
contrai-se
a
pupila
Nosso
amor
é
cego,
eu
fecho
os
olhos
só
para
ver
a
vida
Ouço-te
cantar,
o
líquido
do
meu
tímpano
prece
um
diluvio
Perco
o
equilíbrio
no
meio
disto
tudo
Deixo-me
cair
atraído
pelas
cores
desse
buraco
negro
Onde
nos
perdemos
de
amores
indo
os
dois
atrás
do
mesmo
Consumimos-nos
um
ao
outro,
pelo
máximo
tempo
A
eternidade
da
primavera
dura
cada
vez
menos
Explica-me,
Andorinha,
o
porquê
desta
sensação
O
frio
mais
frio
de
inverno,
o
calor
mais
quente
de
verão
Tudo
na
mesma
estação,
tudo
ao
mesmo
tempo
Sinto
que
não
é
amor
o
nosso
sentimento
É
hábito,
é
vício,
doença,prisão
Mais
trágico
foi
nunca
ter
prestado
atenção
Andorinha
Afinal,
és
ave
de
rapina
E
eu
sou
a
presa
na
tua
garra
Abutres
rodeiam
a
minha
carcaça
Andorinha
Assassina
O
teu
ar
de
graça
é
uma
desgraça
Deixa-me
ficar
aqui
na
praça
A
ser
exemplo
da
tua
chacina
Andorinha
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