Lyrics Mandume - Ao Vivo - Emicida
Emicida]
Para,
para,
para,
para!
Para,
para,
para!
Eles
querem
que
alguém
Que
vem
de
onde
nóiz
vem
Seja
mais
humilde,
baixe
a
cabeça
Nunca
revide,
finja
que
esqueceu
a
coisa
toda
(E
eu)
quero
é
que
eles
se...
Eles
querem
que
alguém
Que
vem
de
onde
nóiz
vem
Seja
mais
humilde,
baixe
a
cabeça
Nunca
revide,
finja
que
esqueceu
a
coisa
toda
(E
eu)
quero
é
que
eles
se...
Nunca
deu
nada
pra
nóiz,
caralho
Nunca
lembrou
de
nóiz,
caralho
Nunca
deu
nada
pra
nóiz,
caralho
Nunca
lembrou
de
nóiz,
caralho
Porque
eu
sou
Tempestade,
mas
entrei
na
mente,
tipo
Jean
Grey
Xinguei,
quem
diz
que
mina
não
pode
ser
sensei?
Ginguei,
sim,
sei,
desde
a
Santa
Cruz,
playboys
Deixei
em
choque,
tipo
Racionais,
"Hey
Boy!"
Tanta
ofensa,
luta
intensa
nega
a
minha
presença
Chega!
Eu
sou
voz
das
nega
que
integra
resistência
Truta,
rima
a
conduta,
surta,
escuta,
vai
vendo,
e
Tempo
das
mulher
fruta,
eu
vim
menina
veneno
Sistema
é
faia,
gasta,
arrasta
Cláudia
que
não
raia
Basta
de
Globeleza,
fi-fi-firmeza?
Mó
faia!
Rima
pesada
basta,
eu
falo
memo,
igual
Tim
Maia
Devasta
esses
otário,
tipo
calendário
Maia
Feminismo
das
preta
bate
forte,
mó
treta
Tanto
que
hoje
cês
vão
sair
com
medo
de
bu...
Drik
Barbosa,
não
se
esqueça
Se
os
outros
é
de
tirar
o
chapéu,
nóiz
é
de
arrancar
as
cabeça.
Verso
2:
Coruja
BC1]
Ae,
alguém
avisa
o
Feliciano
Que
a
maldição
da
África
foi
o
europeu
cristão
caucasiano
Mancha
de
sangue
na
batina
real
Constantino
foi
tipo
Edir
Macedo
dos
tempos
feudal
Queima
de
arquivo,
não
batismo
Que
a
igreja
não
cita
Faz
te
lembrar
de
Joana
Dark,
mas
não
fala
sobre
Kimpa
Vita
Aonde
o
caos
levita,
cê
não
entendeu
E
o
que
é
diabo
perto
do
homem
que
matou
em
nome
de
deus
O
ano
era
1500,
os
"português"
pisaram
aqui
Rezaram
a
missa,
pra
iniciar
a
caça
ao
povo
Tupi
Invasão
por
luto,
da
realeza
blasé
Tataravô
dos
mesmos
que
hoje
critica
o
MST
No
país
das
perna
aberta,
política
é
futebol
Legaliza,
desvia
verba,
crime
é
portar
Pinho
Sol
Que
guindaste
suporta
esse
peso?
E
pra
num
ser
4:20,
um
jovem
negro
um
dia
foi
preso
Mas,
mano,
sem
identidade
somos
objeto
da
história
Que
endeusa
"herói"
e
forja,
esconde
os
retos
na
história
Apropriação
há
eras,
desses
tá
repleto
na
história
Mas
nem
por
isso
que
eu
defeco
na
escória
Pensa
que
eu
num
vi?
Eu
senti
a
herança
de
Sundi
Ata,
não
morro
incomum
e
Pra
variar,
herdeiro
de
Zumbi
Segura
o
boom,
fi
É
um
e
dois
e
três
e
quatro,
não
importa,
já
que
querem
eu
cego
Eu
tô
pra
ver
um
daqui
sucumbir
(não!)
Pela
honra
vinha
Man...
Dume:
tira
a
mão
da
minha
mãe!
Farejam
medo?
Vão
ter
que
ter
mais
faro
Esse
é
o
valor
dos
reais:
caros
Ao
chamado
do
alimamo:
Nkosi
Sikelel',
mano
Só
sente
quem
teve
banzo
Eu
não
consigo
ser
mais
claro!
Olha
pra
onde
os
do
gueto
vão
Pela
dedução
de
quem
quer
redução
Respeito,
não
vão
ter
por
mim?
Protagonista,
ele
é
preto,
sim
Pelo
gueto,
vim
mostrar
o
que
difere
Não
é
a
genital
ou
o
"macaco!"
que
fere
É
igual
me
jogar
aos
lobos
Eu
saio
de
lá
vendendo
colar
de
dente
e
casaco
de
pele.
Verso
4:
Rico
Dalasam]
Memes
de
negro
é:
me
inspira
a
querer
ter
um
rifle
Memes
de
branco
é:
não
trarão
de
volta
Yan,
Gamba
e
Rigue
Arranca
meu
dente
no
alicate
Mas
não
vou
ser
mascote
de
quem
azedar
marmita
Sou
fogo
no
seu
chicote
Enquanto
a
pessoa
for
morte,
pra
manter
a
ideia
viva
Domado
eu
não
vivo,
eu
não
quero
ser
o
crivo
E
ver
minha
mãe
jogar
rosas,
ô
Sou
cravo
vivido
dentre
os
espinhos
treinados
com
as
pragas
da
horta
Pior
que
eu
já
morri
tantas,
antes
de
você
me
encher
de
bala
Não
marca,
nossa
alma
sorri
Brilhar
é
resistir
nesse
campo
de
fardas,
ô
Eles
querem
que
alguém
Que
vem
de
onde
nóiz
vem
Seja
mais
humilde,
baixe
a
cabeça
Nunca
revide,
finja
que
esqueceu
a
coisa
toda
(E
eu)
quero
é
que
eles
se...
Eles
querem
que
alguém
Que
vem
de
onde
nóiz
vem
Seja
mais
humilde,
baixe
a
cabeça
Nunca
revide,
finja
que
esqueceu
a
coisa
toda
(E
eu)
quero
é
que
eles
se...
Interlúdio]
Nunca
deu
nada
pra
nóiz,
caralho
Nunca
lembrou
de
nóiz,
caralho
Nunca
deu
nada
pra
nóiz,
caralho
Nunca
lembrou
de
nóiz,
caralho
Banha
meu
símbolo,
borda
meu
manto,
que
eu
vou
subir
como
rei
Cês
vive
da
minha
cicatriz,
eu
tô
pra
ver
sangrar
o
que
eu
sangrei
Com
a
mente
a
milhão,
Livre
como
Kunta
Kinte,
eu
vou
ser
o
que
eu
quiser
Tá
pra
nascer
playboy
pra
entender
O
que
foi
ter
as
correntes
no
pé,
uh
Falsos
quanto
Kleber
Aran,
os
vazio
abraça
La
Revolução
tucana,
hip-hop
reaça
Doce
na
boca,
lança
perfume
na
mão,
manda
o
mundo
se
foder
São
os
nóia
da
Faria
Lima,
jão,
é
a
Cracolândia
blasé
Aê,
Jesus
de
polo
listrada,
no
corre,
corte
degradê
Descola
o
poster
do
2Pac,
que
cês
nunca
vão
ser
Original
favela,
Golden
Era,
rua
no
mic
Hoje
os
boy
paga
de
'drão,
ontem
nóiz
tomava
seus
Nike
Os
vira-lata
de
vila
e
os
pitbull
de
portão
Muzzike,
filho
de
faxineira,
eu
passo
o
rodo
nesses
cuzão
Ando
com
a
morte
no
bolso,
espinhos
no
meu
coração
As
hienas
tão
rindo
de
quê,
se
o
rei
da
savana
é
o
leão?
Canta
pra
saldar,
negô,
seu
rei
chegou
Sim,
Alaafin,
vim
de
Oyó,
Xangô
Daqui
de
Mali,
pra
Cuando,
de
Yorubá
ao
banto
Não
temos
papa,
nem
na
língua
ou
em
escrita
sagrada
Não,
não
na
minha
gestão,
chapa
Abaixa
sua
lança-faca,
espingarda
faiada
Meia-volta
na
barca,
Europa
se
prostra
Sem
ideia
torta,
no
rap,
eu
vou
na
frente
da
tropa
É,
sem
eucaristia
no
meu
cântico
Me
veem
na
Bahia
em
pé,
dão
ré
no
Atlântico
Tentar
nos
derrubar
é
secular
Hoje,
chegam
pelas
avenidas,
mas
já
vieram
pelo
mar
Oya,
todos
temos
a
bússola
de
um
bom
lugar
Uns
apontam
pra
Lisboa,
eu
busco
Omongwa
Se
a
mente
daqui
pra
frente
é
inimiga
O
coração
diz
que
não
está
errado,
então,
siga!
Dores
em
Loop-cínio,
os
cu
diz
símio,
o
quê?
Ao
ver
o
Simonal
que
cês
não
vai
foder
Grande,
tipo
Ron
Mueck,
morô
muleque?
Zé
do
Caroço
Quer
Photoshop
melhor
que
dinheiro
no
bolso?
Vendo
os
rap
vender
igual
Coca,
fato
Não,
não,
melhor,
entre
nóiz
não
tem
cabeça
de
rato
É
Brasil,
exterior,
capital,
interior
Vai
ver
nóiz
gargalhando
com
o
peito
cheio
de
rancor
Como
prever
que
freestyles,
vários
necessários
Vão
me
dar
a
coleção
de
Miley
Cyrus
Misturei
Marley,
Cairo,
Harlem,
Pairo,
firmeza?
Tipo
Mario,
entrei
pelo
cano
mas
levei
as
princesas
Várias
diss,
não
sou
santo,
ímã
de
inveja
é
banto
Fui
na
Xuxa
pra
ver
o
que
fazer,
se
alguém
menor
te
escreve
tanto
Tô
pelo
adianto
e
a
favela,
entendeu?
Considere,
se
a
miséria
é
foda,
chapa,
imagina
eu
Scorsese,
minha
tese,
não
teme,
não
deve,
tão
breve
São
só
vitórias
do
gueto,
luz
pra
quem
serve
Na
trama,
conhece
os
louro
da
fama
Ok,
agora
olha
os
preto,
chama!
Nunca
deu
nada
pra
nóiz,
caralho
Nunca
lembrou
de
nóiz,
caralho
Nunca
deu
nada
pra
nóiz,
caralho
Nunca
lembrou
de
nóiz,
caralho
Caminhando
contra
o
vento,
censo
Sem
documento
e
lenço
Vi
suas
linha
cair
pra
direita,
tipo
um
pipa
penso
No
clima
tenso,
eu
venço
em
batalhas,
vida
e
freestyle
E
o
mais
perto
que
cê
chegou
disso
foi
um
8 Mile
Antes
de
ser
cool,
Kool
Herc,
Hip-hop
Que
uns
conheceram
ontem
no
Get
Down,
eles
são
Hype-Hop
Nas
tropicália
de
censura
no
ato
Contra
quem
tá
com
a
mente
em
2964
Fazem
piada
e
a
mira
tá
pra
cá
É
a
nova
KKK,
cês
riem:
kkk
Usam
frase
do
movimento
pra
vender
papel
higiênico
Tiração,
me
faz
lembrar
quão
merda
os
racistas
são
Pega
a
visão
black
Minha
tinta
no
papel
vale
milhão
Parece
que
eu
componho
no
talão
de
cheque
Da
lama
pra
primeira
classe,
chamem
de
progresso
Mas
não
quero
só
cinco
estrelas,
eu
quero
o
universo
[Refrão:
Emicida,
Drik
Barbosa,
Coruja
BC1
Rico
Dalasam,
Muzzike
& Raphão
Alaafin,
Rashid]
Eles
querem
que
alguém
Que
vem
de
onde
nóiz
vem
Seja
mais
humilde,
baixe
a
cabeça
Nunca
revide,
finja
que
esqueceu
a
coisa
toda
Eu
quero
é
que
eles
se
(foda)
Eles
querem
que
alguém
Que
vem
de
onde
nóiz
vem
Seja
mais
humilde,
baixe
a
cabeça
Nunca
revide,
finja
que
esqueceu
a
coisa
toda
Eu
quero
é
que
eles
se...
Nunca
deu
nada
pra
nóiz,
caralho
Nunca
lembrou
de
nóiz,
caralho
Nunca
deu
nada
pra
nóiz,
caralho
Nunca
lembrou
de
nóiz,
caralho.
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