Lyrics Ambiancé - Gábe
Vou
me
descrever
de
quem,
"O
Suicídio"
de
Durkheim
Anômico
até
as
pálpebras,
me
atirei
do
cais
Sou
Pégasos
tanto
faz,
já
não
me
importa
mais
No
jogo
do
ping
pong,
meu
ping
já
é
mais
de
cem
Eu
não
convenço
ninguém,
tipo
Scott
Kelly
Odeio
Travis
Scott,
talvez
a
mente
quebre
Virando
o
Passport
Scotch
porque
acabou
a
Pitu
Sou
mais
um
pinguim
do
sul
tipo:
Scott
Pilgrim
Ouça
Missão
21
Cruzeiros
Seus
martelos
cruzados
atravessam
suas
mentes
Com
o
relógio
parado,
me
perdi
no
passado
Analisando
igual
Melão,
já
me
liguei
virado
"O
Exorcismo
de
Emily
Rose"
só
para
baixinhos
Brinca
de
dar
todas
as
dicas,
mesmo
assim
não
adivinho
Não
pense
em
me
dizer
o
que
não
pode
Que
eu
vou
colar
no
pagode,
sem
as
cordas
do
meu
cavaquinho
Cinquenta
milímetros
e
a
febre
dos
pífaros
Mirando
os
piráculos,
encaixando
os
fígaros
Compro
seu
fígado,
pra
escrever
o
epitáfio
De
mc's
maduros
mais
verdes
até
que
o
Piccolo
Preciso
salvar
o
mundo,
mas
tenho
que
lavar
a
louça
E
ele
roubou
minha
bolsa,
essa
é
a
lei
das
ruas
Suas
rimas
não
precisam
ser
boas
e
nem
ruins
"...elas
só
precisam
ser
suas"
Olho
pro
céu
e
desço,
a
conta
veio
e
eu
não
paguei
o
preço
Por
cada
laço
nessa
rede
Olhos
não
viram,
mas
o
coração
sentiu
Por
quem
tomou
todas
as
dúvidas
e
ainda
morreu
de
sede
A
sede
dessa
organização
é
um
extremo
Estado
laico
é
só
historia
de
barco
sem
remo
Se
renda
a
essa
fé
simplória
que
guia
o
que
tenho
Porque
todo
esse
caos
é
a
síntese
do
que
temo
E
o
tempo?
Que
se
dizia
a
cura
de
tudo
Que
dentro
desse
jogo
sujo
era
lupa
do
luto
Que
mesmo
com
encosto
fúnebre,
tornou
mais
bruto
Momento
de
contar
vitória
e
dar
tchau
pra
esses
puto
Pato
de
lado
não
voa,
a
lata
do
dente
já
cai
Pros
tubarão
de
lagoa,
a
pata
de
peso
amiudai
Se
hoje
acabar
aqui,
eu
tentei,
tanto
faz
Ontem
ouvi
CXA,
hoje
o
crime
é
CSI
Não
entendeu
é
C&A,
já
tive
que
me
virar
Com
as
córneas
de
Stevie
Wonder,
sem
cérebro
me
pirar
Cês
querem,
não
vou
pilhar,
se
o
Skeleton
me
matar
Eu
perco
esses
diamantes
que
me
matei
pra
pegar
A
vida
é
foda
e
eu
perdi
a
conta
do
XVideos
Vou
ter
que
voltar
atrás
e
comprar
um
vídeo
cacete
Mais
vivo
do
que
nunca
pra
planejar
o
suicídio
Atrasado
igual
fã
de
Costa
Gold
em
'17
Camelo
dado
não
se
olha
os
dentes
E
de
repente,
do
medo
se
tornou
leão
Mas
mãos
atadas
não
servem
pra
guerra
Postura
introspectiva
em
tempo
de
libertação
Resolvendo
problemas
igual
Bhaskara,
máscara
Evolução
que
aqui
passará,
tratará
Como
segredos
de
quem
renascerá,
mas
terá
Perdão
ao
solo,
qual
postura
aqui
retratará?
Eu
jamais
botei
fé
nesse
discurso,
mudei
o
curso
E
levaram
como
descaso
Mas
por
acaso
eu
não
acuso,
mantive
aceso
e
uso
Tragam
as
notas
pro
raso
O
medo
é
o
pai
da
moralidade
Mas
moral
não
tem
idade,
e
julgam
erros
passados
Aprenda
a
revidar,
o
declínio
de
suas
obras
Antes
que
o
peso
se
acomode
aos
corcovados
Atrasado
no
plano,
a
tempo
de
ser
salvo
Com
a
responsa
me
senti
mais
astro
do
que
alvo
Se
eu
respondo
o
que
me
grita,
o
gordo
e
o
calvo
Percebe
e
assiste
o
que
incita,
o
peso
desse
salto
No
meio
da
treta,
Kenan
e
Kel,
visse?
Dos
rapper
de
proveta,
lembra
que
o
Well
disse?
Dirap
clínica,
rico
de
criptohit
Nos
muros
de
Jericó
serão
Hellboy
ou
Hello
Kitty
Ou
não
busco
a
existência
inspirado
em
Cotinz
Nos
flancos
da
resistência,
procurando
os
confins
Joga
a
flanela
com
jeans,
casualidade
com
quem
Sem
empatia
com
Kim,
e
mesmo
assim
há
cocain
Eu
tô
perdendo
contato,
tô
me
matando
de
fato
Farejando
afeto,
mas
já
não
tenho
olfato
Ouvindo
a
nova
do
Fito,
pra
ver
se
hoje
não
irrito
Eu
me
tornei
o
esquisito,
mas
não
assinei
o
contrato
Mesmo
afogando
as
mágoas
em
papel
Tipo
livros
e
dinheiro
num
descaso
humanitário,
mas...
Num
descanso
dessa
fábrica
de
pedras,
nutricionista
de
pérolas
Fabricando
paredes
de
concreto
Eu
não
converso
mais
com
o
caos
Mesmo
assim
a
paz
me
ignora
"Mano,
eu
vou
embora"
mas
é
só
ameaça,
covarde
A
coragem
é
meu
ímpar
e
eu
to
ficando
mais
ímpio
Mesmo
depois
de
ter
matado
em
biografia
Apologia
ao
nada,
querendo
ser
levado
a
sério
Inspiro
em
Lester
Já
matei
demônios,
Gábe
Winchester
Eu
tô
transando
com
as
linhas,
é
um
incesto
Eu
não
presto
mais
pra
isso,
minha
cúpula
é
errar
o
compromisso
Criança
quando
retomo
ativamente
aquelas
dores
Andança
sem
domo,
tranquilamente
em
belas
flores
Esperança
de
um
trono,
intensamente
um
ódio
torpe
Na
dança
do
aposento,
eu
após
tento
um
sentimento
podre
Com
essa
pressão
que
transforma
o
trabalho
em
fracasso
E
ao
mesmo
tempo,
transforma
o
descanso
em
trabalho
Eu
não
enxergo
as
pedras
que
eu
tropeço
As
perdas
eu
atropelo
Mas
sem
cartas
no
baralho
A
folia
virou
fobia
Se
pá
também
vou
ter
que
ligar
pro
Fábio
Sigo
carregando
o
fardo,
de
lutar
contra
fardas
E
não
tô
conseguindo
acessar
o
saldo,
sábio
Eu
sou
São
Pedro,
e
o
tempo
tá
escuro
Eu
vou
jogando
as
entrelinhas
de
cima
do
muro
Me
amarro
em
linhas,
e
me
sinto
bem
preso
Luto
pelo
que
prezo,
acho
que
eu
sou
burro
A
ficção
barro,
sem
ar
de
solução
Só
mais
uma
vinda
dessa
costela
de
Adão
Tô
vendo
estrelas
na
tampa
do
caixão
Sigo
brincando
com
lapsos
do
retorno
do
leão
Alã
no
beat,
sinto
o
velho
oeste
Já
me
sinto
velho
ainda
procurando
o
norte
Com
Felix
e
Thales
desde
a
adoção
Hoje
passo
pelos
testes
e
já
não
conto
com
a
sorte
Três
horas
de
morte
por
dia
Demora
nas
contas
de
maio
Devora
ideias,
reforma
plateias
em
mostras
de
satã,
em
tubos
de
ensaio
A
mão
treme,
o
sangue
pulsa,
o
coração
pula
Transição
de
cavalos
de
guerra
pra
mula
Sensação
que
dá
vontade
de
fazer
as
malas
Um
passo
aqui
e
outro
lá
como
se
fosse
chula
Biografia
próxima
de
Frida
Kahlo
Pintando
faixas
em
tons
de
cinza
claro
Com
mais
de
cento
e
trinta
faros
Essa
doença
que
hoje
em
dia
financia
a
fábrica
de
criar
calos
E
se
eu
voltar
rimando
brabo
como
antes,
Pesado
igual
elefantes,
lapidando
diamantes
Encaixando
as
consoantes
e
as
vogais,
militante
e
nada
mais
Intolerantes
me
deixaram
pra
trás
E
sem
perguntar
quem
faz
Pode
olhar
no
semblante,
rima
sem
conservante
Se
for
eficaz,
vão
dizer
que
fui
mutante
Entre
os
braços
de
concreto,
desafeto,
biografia
Fui
mais
pra
quem
disse
"é
sorte
de
principiante"
Trabalhando
pra
tirar
os
mc's
de
prateleira
Bem
antes
do
prefácio
me
trouxeram
a
proposta
Com
todo
esse
caos
pregado
pintando
a
cor
do
pecado
Em
cada
alma,
minha
palma
não
diz
nada
sobre
mim
Assim,
sigo
escondido
num
sorriso
amarelo
Com
esse
ódio
do
tamanho
do
ego
do
Rafaelo
A
desculpa
da
paz
que
eu
prego,
vai
tomar
no
cu,
seu
prego
Se
não
sabe,
sou
o
demônio
do
pesadelo
do
Gábe
Sou
parte
disso
aqui,
me
olhem
Fui
responsável
de
todas
essas
ações
além
dessa
falta
de
ordem
Ontem
aceitei
ciente,
por
isso
meu
corpo
mente
Cada
ação
uma
nova
angústia,
cada
dia
uma
mente
Porra,
essa
pressão
de
não
errar
pra
me
manter
"E
se
a
Brenda
não
me
ouvir,
a
quem
eu
vou
recorrer?
Fotos
pra
recortar,
projetos
pra
retomar
Erros
pra
me
redimir
e
ver
alguém
reconhecer"
Preso
entre
sinais
e
gestos
e
ainda
não
entendi
nada
Mesmo
que
isso
já
tenha
sido
comum
Fazendo
mais
do
que
eu
podia
com
a
alma
injustiçada
Acho
que
o
rap
game,
não
rodou
no
meu
play
Ultrapassado
como
uma
criança
e
sua
pandorga
Na
era
do
Smartphone
e
suas
caixas
de
pandora
Quando
a
alma
revigora,
é
só
trocando
fé
por
droga
Sentimento
de
humilhação,
que
esse
eu
adore
E
nem
fui
o
primeiro
a
usar
o
cerebelo
Se
a
cabeça
é
só
cabelo,
o
resgate
vem
a
cavalo
Perdão
por
falar
o
que
eu
falo,
isso
foi
só
um
pesadelo
Se
sorriso
é
só
salário,
o
mundo
não
vale
um
centavo
Do
topo
do
monte,
sinto
um
frio
na
barriga
Me
instiga
o
fato
de
não
saber
mais
o
que
eu
sinto
Sento
perto
"intro",
entre
o
deserto
de
incertezas
E
as
primeiras
presas
são
o
meu
ego
e
o
meu
instinto
Agora
eu
minto,
sou
sincero
Me
isento,
desespero
Me
enfrento
eu
desisto,
é
um
misto
o
que
eu
quero
Eu
não
insisto
e
eu
me
visto
e
aceito
essa
jornada
Uma
espada
e
um
cesto,
e
o
resto
não
vale
nada
Tipo
as
notas
de
real,
e
a
real
das
notas
Eu
sou
um
poeta
do
esgoto,
e
essa
sina
esgota
Tudo
que
eu
transmito
aqui
não
vem
só
do
pulmão
São
linhas
cardiovasculares,
quando
que
eu
sou
canção?
Canção
quando
cansei,
mandei
pro
canto
aquele
conto
Tensão,
mas
não
tentei,
mesmo
se
tanto
sendo
tonto
Pressão
quando
premeditei
o
próprio
ego
pronto
Benção
me
batizei
como
num
brado
em
um
belo
banco
Se
eu
sou
o
que
eu
somei
não
sendo
santo
e
sendo
sonso
Feição
se
me
fartei
ficando
frio
dentro
de
um
forno
Eu
fui
o
início
e
fim
de
vícios
por
filhos
postiços
Dividindo
a
crise
com
Cristos,
e
sismos
me
deixam
morto
Mas
sou
da
cidade
dos
não
lembrados
ou
esquecidos
Não
sei
se
compro
os
congelados
ou
aquecidos,
são
mini
diásporas
Esquecem
das
aspas
nas
suas
rimas
ásperas
Na
década
moleque
liso
Minhas
linhas
puras
e
pífias
como
as
do
jovem
Maka
Caí
na
maca
toda
vez
que
tentei
despertar
Perdi
a
conta
da
rota,
não
terá
despontar
Não
sei
de
onde
descontar,
porque
a
mente
empaca
Já
foram
160
barras
e
nada
muda
E
eu
sou
a
mula
da
jaula
160
dias
As
noites
frias,
como
o
semblante
de
Frida
Ruas
vazias
no
ouvido,
e
as
confissões
de
Neruda
Vou
me
mudar
pra
Nevada,
altos
e
baixos
Com
patrocínio
da
Tilibra,
minhas
maricas
eu
faço
Um
latrocínio
na
larica,
eu
roubo
a
brisa
e
mato
a
fome
Eu
sou
um
homem
sem
palavras,
sem
alma
e
sem
microfone
Eu
só
descanso
e
não
me
vendo,
com
duas
fraquezas
notas
Descalço
e
não
me
lembro
onde
Judas
perdeu
as
botas
Meu
encalço
não
me
apoia,
eu
visto
figas
Pensei
em
plantar
umas
mudas
e
vi
o
toque
de
Midas
Ainda
me
sinto
perdido
no
ano
das
tretas
Procuro
novos
mares,
encontro
novos
males
Pensando
em
como
é
livre
fazer
arte
sem
o
Freitas
Ou
sobre
como
o
estúdio
fica
vazio
sem
o
Thales
Mas
RG
ainda
é
forte,
ouça
Ganti
ou
Alã
Ah
Jota
no
rolê
de
canto,
UmRumo
Amsterdã
Ello.
Coletivo
é
tinta,
não
sai
do
encarte
Crise
dos
30,
alvorada,
e
a
mente
em
Marte
Humildemente,
sobre
o
peso
das
pálpebras
Parei
de
rimar,
agora
falo
verdades
Trezentas
barras
não
são
suficientes
pra
curar
angústias
Foda-se
o
liberalismo
e
a
síndrome
da
Colgate
Morte,
signo
forte
como
os
samples
do
Arit
Não
ouço
Filipe
Ret,
tô
nem
aí
pro
seu
hit
Pesquiso
uma
single
hot,
pra
jogar
mal
Cito
os
samples,
mas
não
esqueço
do
melhor
poeta
nacional
Eu
rimei
sem
querer
no
último
verso
Minhas
últimas
linhas
sempre
serão
as
mais
vivas
É
daqui
pra
eternidade,
eu
tô
cansado,
eu
tô
exausto
Eu
tô
num
nível
de
sanidade
do
submundo
Eu
tô
num
nível
de
sanidade
do
submundo
Eu
tô
num
nível
de
sanidade
do
submundo
Eu
tô
num
nível
de
sanidade,
tipo...
Tipo
Isaac
Newton
ou
Dr.
Mundo
Attention! Feel free to leave feedback.