Lyrics Prólogo - Déa Trancoso , Luiz Gabriel Lopes
Eu
quero
a
palavra
que
rasga
a
orelha
do
livro
Palavra
que
finca
bandeira
no
tronco
da
história
Na
dobra
da
esfera
Palavra
que
dura
e
supera
a
agonia
do
agora
Por
fora
do
esquema
Palavra
que
queima
a
revanche,
destrói
as
correntes
E
quebra
o
dilema
E
não
se
amedrontará
Quero
a
palavra
que
move
a
engrenagem
do
tempo
Que
cria
memória
Palavra
que
empurra
a
canoa
e
alimenta
a
fogueira
Que
limpa
a
sujeira
Palavra
que
brota
da
boca
de
um
santo
guerreiro
E
varre
a
maldade
Palavra
que
escreve
esperança
no
céu
da
cidade
Vibrando
na
nova
era
Palavra
que
ri
no
silêncio
do
gato
Que
canta
uma
reza
na
água
da
cachoeira
Palavra
que
é
planta
no
meio
do
mato
E
que
reverbera
a
beleza
Quero
a
palavra
que
veste
uma
capa
de
estrelas
Que
preste
pras
curas
Palavra
que
acende
figuras
no
céu
da
caverna
E
é
mãe
do
poema
Palavra
que
é
sol
e
cinema,
que
é
filha
das
luzes
Maior
do
que
as
cruzes
E
sílaba
a
sílaba
a
fala
será
feito
ilha
Deserta
do
que
é
ruim
Quero
a
palavra
que
cala
em
respeito
ao
silêncio
Que
serve,
que
vibra
no
alto
Por
baixo
das
águas,
por
cima
das
nuvens
E
é
só
gentileza
Partilha
do
pão
sobre
a
mesa,
do
céu
sobre
os
ombros
Que
vence
os
escombros
Palavra
que
brota
do
corpo
feito
tatuagem
E
ensina
o
que
é
coragem
Palavra
que
ri
no
silêncio
do
gato
Que
canta
uma
reza
na
água
da
cachoeira
Palavra
que
é
planta
no
meio
do
mato
E
que
reverbera
a
beleza
Ke
o
elegbara
Ara
e
e
Ago
nile
Mofori
gbale
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