Otávio Augusto e Gabriel - Mala Amarela Lyrics

Lyrics Mala Amarela - Otávio Augusto e Gabriel



Era quatro e meia, passava um pouquinho
E um fosco clarinho rasgava o varjão
Era o trem noturno que vinha apontando
E logo parando na velha estação
Meu corpo tremia, meus olhos molhados
O meu pai do lado e a mala no chão
Beijei o seu rosto e disse na hora
O mundo fora me espera paizão
Entrei no vagão, corri pra janela
E a mala amarela do velho catei
O trem deu partida, soqueou bruscamente
E ali novamente sua mão eu beijei
Um pouco pra adiante vi minha casinha
E a minha mãezinha de no portão
Ela não me viu e do trem na corrida
Ouvi as latidas do velho sultão
Um certo senhor da poltrona vizinha
Dizia que vinha do Paranazão
Me disse também num jeito cortês
É a primeira vez que deixo o sertão
Pedi seu conselho e ele me disse:
Seu moço a velhice é dura demais
Eu sou bem mais velho e posso aconselhar
É duro ficar distante dos pais
Eu nunca esqueci o que o velho falou
O tempo passou e pra casa voltei
Quem fica distante jamais se conforma
plataforma meus pais avistei
Desci comovido, abracei ele e ela
E a mala amarela, meu filho eu não vi?
Meu pai acredite na fala de um homem
Pra não passar fome a mala eu vendi
Que pena, que pena, era minha lembrança
Que eu trouxe de herança do seu avô
Mas deixa pra lá, eu vou me esquecer
A herança é você e você voltou



Writer(s): Jose Plinio Trasferetti, Jose Caetano Erba


Otávio Augusto e Gabriel - Só As Melhores
Album Só As Melhores
date of release
01-02-2008



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