Lyrics É Fim De Mês - Raul Seixas
É
fim
do
mês
(É!)
É
fim
do
mês
(É!)
Eu
já
paguei
a
conta
do
meu
telefone
Eu
já
paguei
por
eu
falar
que
eu
já
paguei
por
eu
ouvir
(Ouvir)
Eu
já
paguei
a
luz,
o
gás,
o
apartamento
Kitnet
de
um
quarto
que
eu
comprei
a
prestação
pela
Caixa
Federal
Au,
au,
au
eu
não
sou
cachorro
não
(Não,
não,
não!)
(Eu
liquidei,
eu
liquidei)
Eu
liquidei
a
prestação
do
paletó,
do
meu
sapato,
da
camisa
Que
eu
comprei
pra
domingar
com
o
meu
amor
Lá
no
Cristo,
lá
no
Cristo
Redentor
Ela
gostou
(Oh!)
E
mergulhou
(Oh!)
E
o
fim
de
mês
vem
outra
vez!
(E
o
fim
de
mês
vem
outra
vez!)
Eu
já
paguei
o
pegue-pague
o
meu
pecado
Mais
a
conta
do
rosário
que
eu
comprei
pra
mim
rezar
(Ave
Maria)
Eu
também
sou
filho
de
Deus
Se
eu
não
rezar
eu
não
vou
pro
céu
(Céu,
céu,
céu)
Ê,
já
fui
Pantera,
já
fui
hippie,
beatnik
Tinha
o
símbolo
da
paz
pendurado
no
pescoço
Porque
nego
disse
a
mim
que
era
o
caminho
da
salvação
(Ai,
ai)
Já
fui
católico,
budista,
protestante
Tenho
livros
na
estante,
todos
tem
explicação
Mas
num
achei!
Mas
procurei!
Pra
você
ver
que
procurei
Eu
procurei
fumar
cigarro
Hollywood
Que
a
televisão
me
diz
que
é
o
cigarro
do
sucesso
Eu
sou
sucesso!
(Eu
sou
sucesso!)
No
posto
Esso
encho
o
tanque
do
carrinho
Bebo
em
troca
um
cafezinho,
cortesia
da
matriz
There's
a
tiger
no
chassis
(There's
a
tiger
no
chassis)
Do
fim
do
mês,
já
sou
freguês
Do
fim
do
mês
eu
já
sou
freguês
Eu
já
paguei
o
meu
pecado
na
capela
Sob
a
luz
de
sete
velas
que
eu
comprei
pro
meu
Senhor
Do
Bonfim,
olha
por
mim!
Tô
terminando
a
prestação
do
meu
buraco
Meu
lugar
no
cemitério
Pra
não
me
preocupar
de
não
mais
ter
onde
morrer
Ainda
bem
que
no
mês
que
vem
Posso
morrer,
já
tenho
o
meu
tumbão,
o
meu
tumbão!
Eu
consultei
e
acreditei
No
velho
papo
do
tal
psiquiatra
Que
te
ensina
como
é
que
você
vive
alegremente
Acomodado
e
conformado
de
pagar
tudo
calado
Ser
bancário
ou
empregado
Sem
jamais
se
aborrecer!
Ele
só
quer,
só
pensa
em
adaptar
Na
profissão
seu
dever
é
adaptar
Ele
só
quer,
só
pensa
em
adaptar
Na
profissão
seu
dever
é
adaptar
Eu
já
paguei
a
prestação
da
geladeira
Do
açougue
fedorento
que
me
vende
carne
podre
Que
eu
tenho
que
comer,
que
engolir
sem
vomitar
Quando
às
vezes
desconfio
se
é
gato,
jegue
ou
mula
Aquele
talho
de
acém
que
eu
comprei
pra
minha
patroa
Pra
ela
não,
não,
não
me
apoquentar
(É
fim
do
mês,
é
fim
do
mês)
(É
fim
do
mês,
é
fim
do
mês)
(É
fim
do
mês,
é
fim
do
mês)
(É
fim
do
mês,
é
fim
do
mês)
(É
fim
do
mês,
é
fim
do
mês)
(É
fim
do
mês,
é
fim
do
mês)
(É
fim
do
mês,
é
fim
do
mês)
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