Lyrics Feira da Ladra - Trevo

Sábado de manhã sem um tostão no bolso
E eu vou de pele e osso até à Feira da Ladra
Onde namoro um stratocaster e uma pulseira de osso
E mesmo sem caroço, faço-me à jogada.

Um rasgo de Sol, no chão tinge o panteão.
Roupa em segunda mão, no mais belo da Feira
Os panos cobrem calçada a troco de quase nada
Vende a rapaziada, retalhos da vida inteira

E às duas por três subo a banca dos CD's
E vou de A a Zs ouvindo as melodias
Mais tarde é o ver se te avias na Tasca do Elias.
Salada de enguias, pago no fim do mês

Feitiço na mão e a outra na algibeira
Saco da carteira e cravo mais um tinto
Sobe-me à sintonia meio quilo de poesia
Solta-se a cantoria, que até cantor me sinto.

Vende um indiano tambores africanos.
Enquanto o africano vendeu dois ou três saris
E muito graças ao tabaco jamaicano
Foi-se juntando e abanando quem se quis feliz
Festa como aquela está pra acontecer
Quem passou não viu a não ser que que quisesse ver
Com o Pôr-do-Sol desceu a harmonia.
Mais uma noite de poesia na Tasca do Elias

Chamo as atenciones e juntam-se os camónes
Trompetes e trombones, no mais tinto dos dias
E eu rimo já chinês com o luxemburguês
E cheio de freguês, grita-me o Elias.

Ó puto bebe mais um copo que é por conta da casa
Essa poesia arrasa como qualquer stock
Solta mas é o courato lá da tua brasa
A ver se galga baza, até rima com calote.

Vende um indiano tambores africanos.
Enquanto o africano vendeu dois ou três saris
E muito graças ao tabaco jamaicano
Foi-se juntando e abanando quem se quis feliz
Festa como aquela está pra acontecer
Quem passou não viu a não ser que que quisesse ver
Com o Pôr-do-Sol desceu a harmonia.
Mais uma noite de poesia na Tasca do Elias.