Lyrics Quem Tá Vivo Corre o Risco - Tribo da Periferia
Sou
habitante
do
complexo
periférico
Só
mais
um
vírus
do
câncer
atmosférico
Batem
palmas
pra
periferia
Que
todo
dia
te
ensina
a
escapar
da
hemorragia
A
luz
que
brilha
entre
os
menores
não
é
bagulho
Os
moleque
é
do
barulho
é
tipo
bomba
no
embrulho
Saca
só,
vale
menos
quem
pode
mais
Um
sequestro
relâmpago
ou
um
caixa
eletrônico
Dinheiro
ou
a
paz,
você
que
escolhe
Tipo
nós
temos
todo
o
tempo
do
mundo,
o
resto
é
mole
Aí
é
churrasco
e
cerveja
na
mesa
Tá
beleza
um
verdim
com
certeza
Pra
complementar
o
risco
suburbano
Aí
ladrão
passa
o
pano
É
ou
não
é,
se
não
for
tem
que
ser
né
zé
Pra
ser
ladrão
tem
que
ter
proceder
na
fé
Seja
quem
for
véi
o
respeito
é
bom
Ainda
mais
com
os
maloqueiros
lá
da
quebra
que
tem
o
dom
E
os
polícia
embaçando
na
cidade
Na
frente
das
criança
com
arma
de
verdade
Sai
atirando
nos
moleque
correndo
Lembrei
do
Tiaguim
que
numa
dessas
acabou
morrendo
Paz
a
todo
a
vida
é
turismo
Aí
amigo
quem
tá
vivo
corre
o
risco
De
ser
bandido,
quem
tá
vivo
corre
o
risco
Ser
algemado,
quem
tá
vivo
corre
o
risco
Um
assassino,
quem
tá
vivo
corre
o
risco
Assassinado,
quem
tá
vivo
corre
o
risco
Virar
detento,
quem
tá
vivo
corre
o
risco
Um
rebelado,
quem
tá
vivo
corre
o
risco
Um
fugitivo,
quem
tá
vivo
corre
o
risco
Capturado,
quem
tá
vivo
corre
o
risco
Se
algum
dia
quem
sabe
eu
me
der
bem
Nesse
mundo
aí
sem
ter
que
atirar
no
peito
de
ninguém
De
Vectra
CD
só
pros
cana
vê
E
querer
me
prender
quando
eu
tiver
no
rolê
Ou
então
parado
na
porta
da
escola
ouvindo
um
rap
Tipo
daquele
que
louco
decola
fumando
um
beck
Reprise
aí
maluco,
ainda
me
lembro
Tem
um
comparsa
meu
lá
no
cascavel
no
mó
veneno
Mas
num
piscar
de
olhos
a
vida
passa
Deus
sabe
o
que
faz
irmão
nada
vem
de
graça
Aí
Alan
não
se
esqueça
dos
amigos
Um
salve
pra
você
pois
nem
tudo
tá
perdido
Tenha
fé
na
vida
mostre
seu
valor
Pois
até
o
diabo
Jesus
perdoou
É
cabuloso
como
as
coisas
acontecem
Tem
umas
fita
que
a
gente
não
esquece
Lembro
do
Fábio
lá
bom
de
bola
pra
caralho
Agora
paralisado
da
cintura
pra
baixo
Mas
tá
em
paz,
firmão
é
o
que
importa
Pois
Deus
escreve
certo
irmão
por
linhas
tortas
O
destino
é
severo
a
vida
é
turismo
Mas
o
Senhor
é
justo
aí
parceiro
saiba
disso
Quem
tá
vivo
corre
o
risco
Quem
tá
vivo
corre
o
risco
De
ser
bandido,
quem
tá
vivo
corre
o
risco
Ser
algemado,
quem
tá
vivo
corre
o
risco
Um
assassino,
quem
tá
vivo
corre
o
risco
Assassinado,
quem
tá
vivo
corre
o
risco
Virar
detento,
quem
tá
vivo
corre
o
risco
Um
rebelado,
quem
tá
vivo
corre
o
risco
Um
fugitivo,
quem
tá
vivo
corre
o
risco
Capturado,
quem
tá
vivo
corre
o
risco
Lá
na
favela
só
os
maluco
mesmo
Respeito
é
bom,
não
importa
seja
branco
ou
preto
Tipo
o
Fejão,
o
Tidi,
o
Danilo,
o
Xingú,
o
Dj
bola
Assim,
tá
comigo
Então
vai
lavando
a
alma
ô
esperto,
O
extinto
é
periférico,
o
coração
é
bélico
Só
eu
contei
uns
vinte
mil
maloqueiro
lá
na
minha
quebrada
Imagine
o
Brasil
inteiro?!
Oposição
vem
de
arma
na
mão
Com
dezessete,
o
demônio
com
um
rosto
de
moleque
Pivete
que
se
troca
por
um
beck
ou
um
revólver
Que
assalta
com
quinze,
morre
com
dezenove
Não,
não
me
comove
o
inimigo
é
frio
E
quer
te
ver
sonhar
com
uma
clock,
um
fuzil.
O
que
você
nunca
viu
aqui
tu
vai
ver
Moleque
de
doze
botando
os
marmanjo
pra
correr
Pode
crê,
fazer
o
que
né
irmão?
É
desse
jeito,
pois
morrer
numa
dessas
qualquer
um
tá
sujeito
O
poeta
disse
que
a
vida
é
turismo
Aí
amigo
quem
tá
vivo
corre
o
risco
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