Lyrics Bolero do Coronel Sensível Que Fez Amor em Monsanto - Vitorino
Eu
que
em
comovo
Por
tudo
e
por
nada
Deixei-te
parada
Na
berma
da
estrada
Usei
o
teu
corpo
Paguei
o
teu
preço
Esqueci
o
teu
nome
Limpei-me
com
o
lenço
Olhei-te
a
cintura
De
pé
no
alcatrão
Levantei-te
as
saias
Deitei-te
no
banco
Num
bosque
de
faias
De
mala
na
mão
Nem
sequer
falaste
Nem
sequer
beijaste
Nem
sequer
gemeste
Mordeste,
abraçaste
Quinhentos
escudos
Foi
o
que
disseste
Tinhas
quinze
anos
Dezasseis,
dezassete
Cheiravas
a
mato
À
sopa
dos
pobres
A
infância
sem
quarto
A
suor
a
chiclete
Saiste
do
carro
Alisando
a
blusa
Espiei
da
janela
Rosto
de
aguarela
Coxa
em
semifusa
Soltei
o
travão
Voltei
para
casa
De
chaves
na
mão
Sobrancelha
em
asa
Disse:
fiz
serão
Ao
filho
e
à
mulher
Repeti
a
fruta
Acabei
a
ceia
Larguei
o
talher
Estendi-me
na
cama
De
ouvido
à
escuta
E
perna
cruzada
Que
de
olhos
em
chama
Só
tinha
na
ideia
Teu
corpo
parado
Na
berma
da
estrada
Eu
que
me
comovo
Por
tudo
e
por
nada
1 Bolero do Coronel Sensível Que Fez Amor em Monsanto
2 Ana I
3 Todos os Homens São Maricas Quando Estão Com Gripe
4 Branco
5 Aos Maridos
6 Canção para a Minha Filha Isabel Adormecer Quando Tem Medo do Escuro
7 Tango do Marido Infiel Numa Pensão do Beato
8 Fado Da Prostituta Da Rua De St. António Da Glória
9 Rua do Quelhas
10 Valsa das Viúvas da Pastelaria Benard
11 E Se Eu Não Te Amar Mais
12 Marcha de Alcântara
13 Ana II
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