paroles de chanson Mariquinhas (Vou Dar de Beber à Dor) - Amália Rodrigues
Foi
no
Domingo
passado
que
passei
à
casa
onde
vivia
a
Mariquinhas,
Mas
'stá
tudo
tão
mudado
Que
não
vi
em
nenhum
lado
As
tais
janelas
que
tinham
tabuinhas
Do
rés-do-chão
ao
telhado
Não
vi
nada,
nada,
nada
Que
pudesse
recordar-me
a
Mariquinhas
E
há
um
vidro
pregado
e
azulado
Onde
havia
as
tabuinhas
Entrei
e
onde
era
a
sala
agora
está
à
secretária
um
sujeito
que
é
lingrinhas
Mas
não
vi
colchas
com
barra
Nem
viola,
nem
guitarra
Nem
espreitadelas
furtivas
das
vizinhas
O
tempo
cravou
a
garra
Na
alma
daquela
casa
Onde
as
vezes
petiscavamos
sardinhas
Quando
em
noites
de
guitarra
e
de
farra
Estava
alegre
a
Mariquinhas
As
janelas
tão
garridas
que
ficavam
Com
cortinados
de
chita
às
pintinhas
Perderam
de
todo
a
graça
Porque
é
hoje
uma
vidraça
Com
cercadura
de
lata
às
voltinhas
E
lá
p'ra
dentro
quem
passa
Hoje
é
p'ra
ir
aos
penhores
Entregar
ao
usurário
umas
coisinhas
Pois
chega
a
esta
desgraça
toda
a
graça
Da
casa
da
Mariquinhas
P'ra
terem
feito
da
casa
o
que
fizeram
Melhor
fora
que
a
mandassem
p'rás
alminhas
Pois
ser
casa
de
penhores
O
que
foi
viveiro
d'amores
é
ideia
que
não
cabe
cá
nas
minhas
Recordaçoes
do
calor
E
das
saudades.
O
gosto
Que
eu
vou
procurar
esquecer
Numas
ginginhas
Pois
dar
de
beber
à
dor
é
o
melhor
Já
dizia
a
Mariquinhas.
Pois
dar
de
beber
à
dor
é
o
melhor
Já
dizia
a
Mariquinhas
1 Fadinho Serrano
2 Lisboa Antiga
3 Coimbra
4 Inch'allah
5 Barco Negro (2)
6 Tramontana
7 Canzone Per Te
8 Meia Noite e uma Guitarra
9 L' Important C'est La Rose
10 Canção do Mar (Solidão)
11 Mariquinhas (Vou Dar de Beber à Dor)
12 É Noite na Mouraria
13 Ó Careca
14 Lá Vai Lisboa
15 Fadinho Serrano (Encore)
16 O Trevo
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