paroles de chanson E Viemos Nascidos do Mar - Ana Moura
E
muito
se
espantam
da
nossa
brancura
entretanto,
E
muito
pasmavam
de
olhar
olhos
claros
assim,
Palpavam
as
mãos
e
os
braços
e
outras
partes,
portanto,
Esfregavam
de
cuspo
minha
pele
para
ver
se
era
enfim,
Uma
tinta
ou
se
era
de
estampa
uma
carne
tão
branca,
Vendo
assim
que
era
branco
o
meu
corpo
e
a
brancura
de
então,
Extasiam
e
muito
se
pasmam
de
tudo
em
admiração;
E
eram
os
brancos
da
sombra
nascidos
do
mar
pelas
naus,
Guiados
pelos
ventos
do
céu
e
pelo
voo
das
aves;
Eles
escondem
as
suas
vergonhas
cobertas
de
estopas,
E
eram
grandes
e
gordos
e
baços
e
enxutos,
os
pretos,
Pelas
ventosidades
confundem
traseiros
e
bocas,
E
tapam
estes
e
estas
cobram
calafetos,
E
os
mais
pardos
lá
vão
quase
nús,
vão
ao
léu,
gabirus,
E
de
tetas
até
à
cintura
há
mulheres
crepitantes,
Tão
desnudas
meneiam
na
dança
o
seu
corpo
dançante;
E
eram
os
brancos
da
sombra
nascidos
do
mar
pelas
naus,
Guiados
pelos
ventos
do
céu
e
pelo
voo
das
aves;
E
muito
se
espantam
da
nossa
brancura
entretanto,
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