paroles de chanson Numa Cidade Muito Longe Daqui - Polícia e Bandido - Ao Vivo - Arlindo Cruz
Entendo
esse
mundo
complexo
Favela
é
a
minha
raiz
Sem
rumo,
sem
tino,
sem
nexo
e
ainda
feliz.
Nem
toda
maldade
humana
está
em
quem
porta
um
fuzil
Tem
gente
de
terno
e
gravata
matando
o
Brasil
Minha
favela...
Favela,
ô
Favela
que
me
viu
nascer
Eu
abro
o
meu
peito
e
canto
o
amor
por
você.
Favela,
ô
Favela
que
me
viu
nascer
Só
quem
te
conhece
por
dentro
Pode
te
entender.
Minha
favela...
O
povo
que
sobe
a
ladeira
Ajuda
a
fazer
mutirão
Divide
a
sobra
da
feira
E
reparte
o
pão.
Como
é
que
essa
gente
tão
boa
É
vista
como
marginal
Eu
acho
que
a
sociedade
Tá
enxergando
mal
Minha
favela...
Favela,
ô
Favela
que
me
viu
nascer
Eu
abro
o
meu
peito
e
canto
o
amor
por
você.
Favela,
ô
Favela
que
me
viu
nascer
Só
quem
te
conhece
por
dentro
Pode
te
entender.
Minha
favela...
Um
dia
o
bicho
pegou
o
coro
comeu
Polícia
e
bandido
se
encontraram
e
bateram
de
frente
E
aí
rapaziada,
foi
chapa
quente,
Chapa
quente,
chapa
quente!
Bateu
de
frente
Um
bandido
e
um
subtenente
lá
do
batalhao
Foi
tiro
de
lá
e
de
cá
Balas
perdidas
no
ar
Até
que
o
silencio
gritou
Dois
corpos
no
chão
que
azar
Feridos
na
mesma
ambulância
uma
dor
de
matar
Mesmo
mantendo
a
distância
não
deu
pra
calar
Polícia
e
bandido
trocaram
farpas
Farpas
que
mais
pareciam
balas
E
o
bandido
falou
assim
Você
levou
tanto
dinheiro
meu
E
agora
vem
querendo
me
prender
Eu
te
avisei
você
não
se
escondeu
Deu
no
que
deu
a
gente
tá
aqui
Pedindo
a
Deus
pro
corpo
resistir
Será
que
ele
ta
afim
de
ouvir?
Você
tem
tanta
bazuca
pistola
fuzil
e
granada
Me
diz
pra
que
tu
tem
tanta
munição
é
que
além
de
vocês
nós
ainda
enfrenta
um
outro
comando
outra
facção
Só
tem
alemão
sanguinário
Um
bando
de
otário
marrento
querendo
zoar
Por
isso
que
eu
to
bolado
assim
Eu
também
to
bolado
sim
é
que
o
judiciário
tá
todo
comprado
E
o
legislativo
tá
financiado
E
o
pobre
operário
que
joga
seu
voto
no
lixo
Não
sei
se
por
raiva
ou
só
por
capricho
Coloca
a
culpa
de
tudo
nos
homens
do
camburão
Eles
colocam
a
culpa
de
tudo
na
população
E
se
eu
morrer
vem
outro
em
meu
lugar
E
se
eu
morrer
vão
me
condecorar
E
se
eu
morrer
será
que
vão
lembrar
E
se
eu
morrer
será
que
vão
chorar
E
se
eu
morrer
E
se
eu
morrer
E
se
eu
morrer
E
se
eu
morrer
Chega
de
ser
subjulgado
Subtraído,
subnutrido
Um
sub-bandido
de
um
sub-lugar
Um
subtenente
de
um
sub-país
Sub-infeliz
Laialaialaialaialaiá...
Mas
essa
estória
eu
volto
a
repetir
Aconteceu
numa
cidade
muito
longe
daqui
Que
tem
favelas
que
parecem
as
favelas
daqui
Que
tem
problemas
que
parecem
os
problemas
daqui,
daqui,
daqui
Laialaialaialaialaiá...
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