paroles de chanson Encerramento.3 - Um Garoto Chamado Rorbeto - Gabriel o Pensador
O
rio
ia
sempre
passando
Sem
nunca
parar
um
segundo
E
o
tempo,
imitando
o
rio
Passou
também,
pra
todo
mundo
E
assim
foi
crescendo
Rorbeto
Ao
lado
dos
seus
bons
amigos
O
tempo,
o
cachorro,
as
pessoas
As
árvores
e
o
rio
antigo
Rorbeto
ainda
era
pequeno
Mas
já
caminhava
e
corria
Também
já
sabia
falar
E
além
de
falar,
ele
ouvia
Crianças
aprendem
a
pensar
E
ele
aprendeu
desde
cedo
Também
aprendeu
a
contar
Usando
a
ajuda
dos
dedos
Pensou
nos
amigos
que
tinha
O
pai
e
a
mãe
eram
dois
Filé
o
terceiro
da
lista
Não
lembro
quem
veio
depois
Contou
só
na
mão
direita
Os
pais,
o
cachorro
e
mais
três
Contou
do
dedão
ao
dedinho
Um...
Dois...
Três...
Quatro...
Cinco...
Seis...
Rorbeto
contou
outra
vez
Prestando
bastante
atenção
Um...
Dois...
Três...
Quatro...
Cinco...
Seis...
Contou
do
dedinho
ao
dedão
Seis
dedos
em
uma
mão
só
Será
que
na
outra
são
quatro?
Olhou
para
os
dedos
dos
pés
Mas
antes
tirou
os
sapatos
Rorbeto
estava
tão
nervoso
Que
nem
percebeu
o
chulé
Contando
de
um
até
dez
Contou
cinco
dedos
por
pé
Olhou
para
a
mão
novamente
Sentindo
um
grande
embaraço
Chorou
um
pouquinho,
coitado
Pensando
na
mão
do
outro
braço
Queria
contar
também
nela
Mas
parou
um
pouco,
com
medo
E
se
nessa
mão,
à
esquerda
Tivessem
ainda
muito
mais
dedos
Podia
ter
sete,
até
oito
Quem
sabe
até
nove,
talvez
Ninguém
tinha
visto
até
hoje
Que
na
mão
direita
eram
seis
Então
não
seria
impossível
Agora
a
esquerda
ter
mil
Rorbeto
nem
queria
ver
Mas
abriu
os
olhos
e
viu
Contou
cinco
dedos
na
esquerda
Usando
um
dos
seis
da
direita
E
vendo
que
só
tinha
cinco,
gritou
Tenho
uma
mão
perfeita
A
turma
da
rua
escutou
o
seu
grito
E
correu
pra
janela
Queriam
saber
do
Rorbeto
Que
gritaria
era
aquela
Rorbeto
escutou
as
perguntas
Mas
não
quis
dizer
a
resposta
Ficou
com
vergonha
da
mão,
a
direita
E
botou
a
nas
costas
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