José Mario Branco - Emigrantes da Quarta Dimensão (Carta a J.C.) paroles de chanson

paroles de chanson Emigrantes da Quarta Dimensão (Carta a J.C.) - José Mario Branco



Dá-me uma ajuda, ó médico das almas
Para escolher em que combate combater
Quem condeno eu à vida, quem condeno eu à morte
Que me podes tu dizer
Encostado à árvore do tempo
Folhas vivas, folhas mortas, estações
Nada disto faz sentido
E o sentido do sentido não paga as refeições
Este torpor tem uma solução
Sejamos deuses, é meter as mãos à obra
E no fazendo, acontecendo
Deixar ir o coração que é o que nos sobra
Ao fazer-se o mundo nasce de si próprio
Ser avô é uma alegria atravessada
pra rir e pra chorar, não temos nada com isso
Mas nada não é nada
Disseste um dia que tudo vale a pena
Tornar as almas mais pequenas é que não
Vamos sobre duas patas, juntar as partes da antena
Espalhadas pelo chão
Fecha a porta que vem frio de fora
Diz o coxo ao despernado, e eu aqui
Fui à procura de mim
Encontrei-me mesmo agora e ainda não fugi
O tempo corre por entre pívias e manhas
E tudo fica cada vez mais como está
Mas ao correr desta pena, não fico à espera que venhas
Eu sou o que virá
Mas ao correr desta pena, não fico à espera que venhas
Eu sou o que virá
Eu sou o que virá
Eu sou o que virá



Writer(s): José Mário Branco


José Mario Branco - Correspondências
Album Correspondências
date de sortie
12-10-2012




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