paroles de chanson Emigrantes da Quarta Dimensão (Carta a J.C.) - José Mario Branco
Dá-me
uma
ajuda,
ó
médico
das
almas
Para
escolher
em
que
combate
combater
Quem
condeno
eu
à
vida,
quem
condeno
eu
à
morte
Que
me
podes
tu
dizer
Encostado
à
árvore
do
tempo
Folhas
vivas,
folhas
mortas,
estações
Nada
disto
faz
sentido
E
o
sentido
do
sentido
não
paga
as
refeições
Este
torpor
só
tem
uma
solução
Sejamos
deuses,
é
meter
as
mãos
à
obra
E
no
fazendo,
acontecendo
Deixar
ir
o
coração
que
é
o
que
nos
sobra
Ao
fazer-se
o
mundo
nasce
de
si
próprio
Ser
avô
é
uma
alegria
atravessada
Dá
pra
rir
e
pra
chorar,
não
temos
nada
com
isso
Mas
nada
não
é
nada
Disseste
um
dia
que
tudo
vale
a
pena
Tornar
as
almas
mais
pequenas
é
que
não
Vamos
sobre
duas
patas,
juntar
as
partes
da
antena
Espalhadas
pelo
chão
Fecha
a
porta
que
vem
frio
lá
de
fora
Diz
o
coxo
ao
despernado,
e
eu
aqui
Fui
à
procura
de
mim
Encontrei-me
mesmo
agora
e
ainda
não
fugi
O
tempo
corre
por
entre
pívias
e
manhas
E
tudo
fica
cada
vez
mais
como
está
Mas
ao
correr
desta
pena,
não
fico
à
espera
que
venhas
Eu
já
sou
o
que
virá
Mas
ao
correr
desta
pena,
não
fico
à
espera
que
venhas
Eu
já
sou
o
que
virá
Eu
já
sou
o
que
virá
Eu
já
sou
o
que
virá
1 Dairinhas (Carta a Daniel Filipe)
2 Emigrantes da Quarta Dimensão (Carta a J.C.)
3 Diminuendos (Carta ao Sr. Silva)
4 Zeca (Carta a José Afonso)
5 Shalom, Palestina (Carta a Hannah Arendt)
6 Sentido Único (Carta a Chico Buarque)
7 Quando Eu For Grande (Carta aos Meus Netos)
8 Cada Dia São Cem (Carta ao Remetente)
9 1900 (Carta a Anton Tchekhov)
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