paroles de chanson El Desdichado Ii - Lobão
El
Desdichado
Eu
sou
o
tenebroso,
o
irmão
sem
irmão
O
inconsolado,
o
abandono
O
sol
negro
da
melancolia
Eu
sou
ninguém,
a
calma
sem
alma
Que
assola,
atordoa
e
vem
No
desmaio
do
final
de
cada
dia
Eu
sou
a
explosão,
o
exu,
o
anjo,
o
rei
O
samba-sem-canção,
o
soberano
De
toda
a
alegria
que
existia
Eu
sou
a
contramão
da
contradição
Que
se
entrega
a
qualquer
deus-novo-embrião
pra
traficar
O
meu
futuro
por
um
inferno
mais
tranquilo
Eu
sou
nada
e
é
isso
que
me
convém
Eu
sou
o
sub-do-mundo
e
o
que
será,
o
que
será
Que
me
detém?
Eu
sou
nada
e
é
isso
que
me
convém
Eu
sou
o
sub-do-mundo
e
o
que
será,
o
que
será
O
que
será?
Eu
sou
o
poderoso,
o
bam
bam
bam
O
bão!
Eu
sou
o
sangue
O
não!
Eu
sou
a
fome
do
homem
Que
come
na
brecha
da
mão
de
quem
vacila
Eu
sou
a
camuflagem
que
engana
o
chão
A
malandragem
que
resvala
de
mão
em
mão
Eu
sou
a
bala
que
voa
pra
sempre,
sem
rumo
Perdida
Eu
sou
a
explosão,
o
exu,
o
anjo,
o
rei
Eu
sou
o
morro,
o
soberano
De
toda
a
alegria
que
existia
Eu
sou
a
execução,
a
perfuração
O
terror
da
próxima
edição
dos
jornais
Que
me
gritam,
me
devassam
mas
não
me
silenciam
Não
mesmo
Eu
sou
nada
e
é
isso
que
me
convém
Eu
sou
o
sub-do-mundo
e
o
que
será,
o
que
será
Que
me
detém?
Eu
sou
nada
e
é
isso
que
me
convém
Eu
sou
o
sub-do-mundo
e
o
que
será,
o
que
será
Que
me
detém?
Eu
sou
nada
e
é
isso
que
me
convém
Eu
sou
o
sub-do-mundo
e
o
que
será,
o
que
será
O
que
será?
O
que
será?
Voltou,
voltou
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