paroles de chanson Antigamente - Lucilia Do Carmo
Antigamente,
era
coito
a
Mouraria
Daquela
gente
condenada
a
rebelia
O
fado
ameno,
canção
das
mais
portuguesas
Era
o
veneno
p'ra
lhes
matar
as
tristezas
A
Mouraria,
mãe
do
fado
doutras
eras
Que
foi
ninho
da
Severa
Que
foi
bairro
turbulento
Perdeu
agora
todo
o
aspecto
de
galdéria
Está
mais
limpa,
está
mais
séria
Mais
fadista
cem
por
cento
Adeus
tipóia
com
pilecas
e
guiseiras
Adeus
rambóia
e
cafés
de
camareiras
Nada
mais
resta
da
Moirama
que
deu
brado
Do
que
a
funesta
lembrança
desse
passado
A
Mouraria
que
perdeu
em
tempos
idos
A
nobreza
dos
sentidos
E
o
pudor
de
uma
virtude
Salvou
ainda
toda
a
graça
que
ela
tinha
Agarrada
à
capelinha
Da
Senhora
da
Saúde
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