paroles de chanson Canto Latino - Milton Nascimento
Você
que
é
tão
avoada
Pousou
em
meu
coração
Moça,
escuta
esta
toada
Cantada
em
sua
intenção
Nasci
com
a
minha
morte
Dela
não
vou
abrir
mão
Não
quero
o
azar
da
sorte
Nem
da
morte
ser
irmão
Da
sombra
eu
tiro
o
meu
sol
E
do
fio
da
canção
Amarro
essa
certeza
De
saber
que
cada
passo
Não
é
fuga,
nem
defesa
Não
é
ferrugem
no
aço
É
uma
outra
beleza
Feita
de
talho
e
de
corte
E
a
dor
que
agora
traz
Aponta
de
ponta
o
norte
Crava
no
chão
a
paz
Sem
a
qual
é
fraco
o
forte
E
a
calmaria
é
engano
Pra
viver
nesse
chão
duro
Tem
de
dar
fora
o
fulano
Apodrecer
o
maduro
Pois
esse
canto
latino
Canto
para
americano
E
se
morre
vai
menino
Montando
na
fome
ufano
Teus
poucos
anos
de
vida
Valem
mais
do
que
100
anos
Quando
a
morte
é
vivida
E
o
corpo
vira
semente
De
outra
vida
aguerrida
Que
morre
mais
lá
na
frente
Da
cor
de
ferro
ou
de
escuro
Ou
de
verde
ou
de
maduro
A
primavera
que
espero
Por
ti,
irmão
e
hermano
Só
brota
em
ponta
de
cano
Em
brilho
de
punhal
puro
Brota
em
guerra
e
maravilha
Na
hora,
dia
e
futuro
da
espera
virá
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