paroles de chanson Solidões - Oswaldo Montenegro
A
Solidão
é
uma
cidade
abandonada
É
uma
carroça
numa
estrada
que
vai
dar
na
escuridão
É
a
feiura
da
mulher,
toda
arrumada
Passeando
na
calçada
sem
ninguém
dar
atenção
A
solidão
é
como
um
pássaro
ferido
Que
voou,
mas
está
perdido,
sem
saber
a
direção
É
como
mão,
sem
outra
mão,
para
bater
palma
Como
um
Deus
que
perde
a
calma,
se
ninguém
pedir
perdão
A
solidão
é
como
um
nome
que
se
esquece
Como
um
homem
que
envelhece,
sem
viver
o
que
sonhou
É
como
um
transito
em
plena
madrugada
É
o
poeta
na
calçada
que
ninguém,
nunca,
escutou
A
solidão
é
uma
atriz,
sem
a
plateia
É
abelha
sem
colmeia,
é
barco
à
vela
no
sertão
É
a
promessa
do
político,
sem
ética
É
a
conta
aritmética
em
que
o
zero
é
a
solução
A
solidão
é
uma
bola,
sem
chuteira
É
a
vizinha
fofoqueira,
sem
vizinhos
no
portão
A
solidão
é
o
rebolado
da
mulata
Quando
a
festa
já
está
chata
e
ninguém
quer
mais
sambar,
não
A
solidão
e
quando
o
tempo
vai
embora
Quando
a
gente
perde
a
hora,
e
o
compasso
da
canção
A
solidão
e
quando
o
filme
fica
bobo
Quando
a
gente
perde
jogo,
por
que
alguém
fez
gol
de
mão
1 Amores
2 Cristal
3 Cristal
4 A Lógica da Criação
5 Solidões
6 Torre de Babel
7 Amor Medieval (Elas se Amavam)
8 O País da Vaidade
9 Olhos
10 Olhos
11 Bosch - O Jardim das Delícias
12 Bosch - O Jardim das Delícias
13 Só nº 2
14 A Lista
15 Adeus, João
16 Amores Versão 2
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