paroles de chanson Expresso da Meia Noite (Ao Vivo) - Racionais MC's
São
Paulo
ta
desse
jeito
rapaz
O
caminho
de
volta
é
do
interior
"Ceis"
ta
ligado
Tô
de
rolê
na
quebrada,
de
Parati
filmada
São
23
horas
e
a
noite
tá
iluminada
Acendo
um
cigarro,
tô
inspirado
Ando
sozinho,
não,
não,
Deus
tá
do
lado
É
Sabado
a
rua
tá
cheia
uma
pá
de
gente
Delegacia
73
rebelião
no
pente
No
São
Luis
alguém
sangrando
na
fila
de
espera
Enquanto
em
alguma
encruzilhada
se
acende
vela
Na
Igreja
os
crentes
faz
vigilha
pra
se
salvar
Ansiedade
a
espera
de
Jesus
quando
voltar
Em
frente
um
bar
tá
lotado
Fim
de
carreira
varios
tio
embreagado
Talvez
seja
frustrado,
com
a
familia
Ou
tenha
espancado
até
a
sua
própria
filha
Que
brilha
naquela
maldade
com
o
próprio
corpo
Quinze
anos
de
idade
já
fez
aborto
O
que
não
falta
é
louco
e
louca
tem
de
sobra
Periferia
legião
mãos
a
obra
Álcool
e
droga
tá
ali
corre
junto
A
morte
a
foice
atrás
de
mais
um
assunto
É
dois
minutos
pra
arrumar
Quem
tá
de
luto
aqui
nem
chega
a
respirar
Tem
que
pensar
mais
rápido
e
puxar
o
gatilho
Se
não
for
ligeiro
parceiro,
toma
tiro
Tá
no
limite
tá,
a
flor
da
pele
tá
Quem
é
ferido
com
o
mesmo
ferro
sempre
fere
A
arma
de
fogo
impõe
respeito
No
submundo
da
metrópole
é
desse
jeito
Não
pense,
não
pisque
não
dê
um
passo
Quem
se
abilita,
é
um
abraço
A
paz
é
dichavada
e
fumada
na
seda
Tranquilidade
enquanto
a
brasa
tá
acesa
A
cortina
de
fumaça
sobre
o
holofote
Onde
a
aliada
maior,
é
a
sorte
Em
cada
lote
uma
viela
Nas
curvas
da
nova
Galvão
uma
favela
Que
testemunha
toda
hora
algum
coitado
Igual
aquele
que
no
meio
foi
rasgado
Metralhado,
vários
tiros
de
automatica
Pros
covardes
é
a
forma
que
é
mais
prática
Eliminar
e
deixar
pra
trás
Uma
mancha
de
sangue
que
não
apaga
nunca
mais
Familias
destroçadas
pela
maldade
Criança
sem
pai,
vai,
ser
o
que
mais
tarde
A
vida
não
é
um
conto
de
fadas
Principalmente
na
calada
Onde
a
gente
vê,
registra
várias
fitas
O
que
ser
humano
é
capaz
você
não
acredita
(Só
quem
é
de
lá,
lá,
lá,
lá,
lá)
O
que
ser
humano
é
capaz
você
não
acredita
Eu
vejo
terra
(eu
vejo),
eu
vejo
asfalto
Eu
vejo
guerra,
morte
e
assalto
Sangue
no
chão,
a
esperança
que
agoniza
Reflete
a
vida
que
a
novela
satiriza
Aí,
fica
ligeiro
que
na
esquina
tá
embassado
A
área
tá
sinistra
e
o
clima
tá
pesado
A
Zona
Norte
é
grande
e
extensa
Cada
quebrada
uma
situação,
uma
sentença
Sem
diferença,
conheço
os
quatro
cantos
eu
vi
A
violência,
se
iguala
por
enquanto
aqui
Chacina,
estupro
tráfico
A
noite
é
foda
irmão,
só
dá
lunático
Vida
de
louco,
de
inferno
e
sufoco
Dinheiro
vai
e
vem
mais
ainda
mano
é
muito
pouco
Se
tem
coragem
até
uns
doido
correm
atrás
Se
dois
é
bom
trutão,
três
nunca
é
demais
Mais
uma
pá
de
prego
espera
acontecer
Agora
a
mina
grávida,
o
que
se
vai
fazer?
Vender
um
barato
na
esquina
ou
vai
roubar
O
pivete
logo
vai
nascer,
quem
vai
bancar?
Familias
vem,
familias
vão
Fugindo
da
morte,
fugindo
da
prisão
A
vida
do
fundão
é
desequilibrada
Hebron,
Piquiri,
Jeovah,
Serra
Pelada
(Só
quem
é
de
lá,lá,
lá,
lá,
sabe
o
que
acontece)
(Só
quem
é
de
lá,lá,
lá,
lá,
sabe
o
que
acontece)
Ninguém
confia
em
ninguém,
é
melhor
assim
Eu
nem
na
minha
sombra,
e
nem
ela
em
mim
Hoje
qualquer
moleque
tá
andando
armado
Puxar
o
cão
sem
pensar
pra
ser
respeitado
Eu
tô
ligado,
eu
sei
quem
é
quem
O
Super-Homem
de
bombeta
vai
matar
alguém
Sendo
refém
de
espíritos
malignos
Mal
intencionado
cínico,
leviano,
indigno
Fui
obrigado
a
conviver
com
isso
Com
uma
quadrada
e
um
velho
crucifixo
É
sempre
bom
andar
ligeiro
na
calada
A
vida
não
é
um
conto
de
fadas!
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