Rincon Sapiência - Crime Bárbaro (Ao Vivo) paroles de chanson

paroles de chanson Crime Bárbaro (Ao Vivo) - Rincon Sapiência



Negros de todos os lugares procuravam nas matas
Capangas armados estão à procura
Escravos apóiam meu ato de loucura
Fugido eu correndo pela mata
Na pele eu levo a marca da tortura
O crime deixa doido o bagulho
Carrego um pouco de medo e orgulho
Atrás da orelha deles eu sou a pulga
Se eles chegar, pronto pra dar fuga
Por mim estaria tudo em paz
Minha terra, meu povo e ninguém mais
Liberdade por aqui ninguém traz
Sim senhor, não senhor não satisfaz
Arrependimento, isso eu não tenho
O meu movimento sempre mantenho
Escravos apoiam meu desempenho
Fui eu que matei o senhor do engenho
Um nego fujão alguém viu
(Nossa senhora, neguinho passou a mil)
Canela fina é pra correr
Se me pegarem vai doer
Mesmo estando em desvantagem
A sensação é de poder
Eu sou nego fujão
Pega nego fujão
Corre nego fujão
Eu vou me embora daqui
Meu crime, eu sei, não tem as pazes
Pega nego fujão, nos cartazes
Pra haver rebelião, eu dei base
Clima de tensão, essa é a fase
Sem líder eles não sabem agir
Escravos agora fazem canções
Pior quando eles descobrir
Que com a filha dele eu tinha relações
É o cúmulo do desacato
O sonho dela era ter filho mulato
Ela sempre me disse que seu pai é chato
Mas foi pelo meu povo que eu fiz meu ato
Boatos correm, eu também
Me sinto como um herói, isso me faz bem
Escravos me colocam como um rei
Porque o senhor de engenho fui eu que matei
Um nego fujão alguém viu
(Nossa senhora, neguinho passou a mil)
Canela fina é pra correr
Se me pegarem vai doer
Mesmo estando em desvantagem
A sensação é de poder
Eu sou nego fujão
Pega nego fujão
Corre nego fujão
Eu vou me embora daqui
Meu crime a ele eu culpo
Bateu em criança, cometeu estupro
Proibiu a dança e a religião
Gerou confusão interna entre o grupo
Cana de açúcar e Sol quente
Rachando na cuca, ódio na mente
Lembro de seu braço preso no meu dente
Ah! Depois não foi um acidente
Preso e vivo, morto e liberto
Logo pensei: um dia te acerto
Ah, ele disse: esse nego é o cão
Corpo no chão, não foi mais esperto
Oh, um crime sem fiança
De continuar vivo eu sem esperança
Enquanto isso eu sigo nas minhas andanças
Querem minha cabeça na ponta da lança
Um nego fujão alguém viu
(Nossa senhora, neguinho passou a mil)
Canela fina é pra correr
Se me pegarem vai doer
Mesmo estando em desvantagem
A sensação é de poder
Eu sou nego fujão
Pega nego fujão
Corre nego fujão
Eu vou me embora daqui
O fôlego
Estufar o peito
Partiu
Nossa senhora, neguinho passou a mil



Writer(s): Antonio Jose Santana Martins, Danilo Albert Ambrosio, Valdemar Szaniecki


Rincon Sapiência - Rincon Sapiência no Estúdio Showlivre por Coala Festival (Ao Vivo)




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