paroles de chanson Assalto a Mão Letrada 2 - SID
Mãe,
eu
matei
seu
filho
mais
difícil
de
criar,
E
me
desculpa
vim
aqui
pra
te
dizer
que
Foi
necessário
pro
Sid
nascer
em
seu
lugar
O
Lucas
não
saberia
o
que
fazer
aqui,
Desculpa
amor,
eu
não
tô
rico
que
nem
prometi,
Não
consigo
fazer
rap
se
for
pra
mentir,
Eu
podia
rimar
sobre
droga
e
putaria,
Nós
taria
rico
e
eu
sem
motivo
pra
sorrir
Ham,
já
tem
dois
anos
que
eu
vim
reclamar
das
Minhas
frustrações,
dos
meu
sonhos,
minhas
ilusões
É
triste
ver
que
o
tempo
passa,
A
gente
envelhece,
quem
assassina
o
rap
mata
por
cifrões
O
rap
tá
bem
mais
pobre
que
hip
hop,
É
só
projeto
acústico
que
dá
milhões,
Um
bom
salário,
Um
violão
e
um
monte
de
ideias
vazias
não
Compram
meu
sonho
de
mudar
essas
multidões
Eu
te
avisei
que
quando
eu
subisse
Ninguém
me
tirava
daqui,
dito
e
feito
Eu
duvidei
do
prefeito,
fui
contra
o
presidente,
Meu
rap
não
é
perfeito,
mas
causa
efeito
na
nossa
gente
Eu
não
fui
atrás
de
fama,
me
entende?!
Estudei
meu
defeito,
pra
construir
minha
arte
diferente
Eu
não
quero
ser
aceito
e
sei
que
nunca
vou
ser
porque
nunca
vou
Fazer
rap
cheio
de
preconceito,
Muita
gente
me
odeia,
pra
mim
é
pouco
Sempre
me
virei
sem
depender
dos
outros,
Nunca
precisei
da
cena
do
rap,
Porque
fui
eu
que
escrevi,
dirigi
e
gravei
meu
filme
todo
O
rap
morre
de
medo
de
artista
Independente,
consciente,
novo
e
diferente,
E
que
não
fala
besteira,
mas
vende,
eu
me
incomodo
demais,
quer
mais?!
Ou
já
tá
suficiente?
Todo
mundo
no
rap
se
veste
igual,
Fala
igual,
age
igual
ao
hype
que
tá
no
topo
Padrões
servem
pra
matar
identidades,
O
enforcamento
é
igual
por
gravatas
ou
por
cordões
de
ouro
Agora
todo
mundo
quer
o
tênis
igual
ao
do
Trevis,
O
corta
vento
da
moda,
a
foto
com
o
rapper
do
ano,
A
tattoo
com
frase
da
hora,
de
preferência
na
cara,
A
joia
falsa
mais
rara,
a
foto
no
insta
com
o
cano,
Polchete
cheia
de
droga,
geral
menor
de
idade,
Seguindo
os
passos
de
um
falso
poeta,
bonde
na
idade,
Som
inverso
de
rap,
na
seda
preto
com
verde
comprado
de
um
playboy
Que
pixa
bolsomito
nas
parede,
que
estuda
em
facul
particular,
Fez
cursinho
pro
vestibular,
Diz
que
ama
o
rap
mas
só
chega
pra
sugar
Não
respeita
a
mina,
Julga
pela
cor
da
pele
e
diz
ainda
que
rap
é
teu
lugar,
Tão
destruindo
o
movimento
pelas
bordas,
Falei
verdades
e
fecharam-se
as
portas,
Eu
nunca
vou
ganhar
um
Grammy,
Mas
vou
ganhar
um
Nobel
de
mais
inteligente
entre
os
idiotas,
Eu
não
sou
inteligente
igual
cês
imaginam,
Os
outros
é
que
são
mais
burros
do
que
vocês
pensam,
Não
tô
falando
de
escolaridade,
sim
De
humildade,
o
ato
da
vida
daqueles
que
rimam,
Hoje
eu
tenho
os
10
mil
reais
que
eu
não
tinha
há
Uns
anos
atrás
pra
gravar
um
videoclipe
mais
que
foda,
Eu
continuo
gravando
no
celular,
Só
pra
te
mostrar
de
uma
vez
por
todas
que
é
a
letra
que
importa,
Não
é
o
clipe
que
importa,
não
é
minha
roupa
que
importa,
Não
é
se
bebo,
se
fumo,
Se
cheiro
ou
se
foda
o
que
importa,
sei
que
cê
não
se
importa,
Mas
tem
que
entender
o
meu
desespero,
Eu
cansei
de
ver
nossa
gente
sendo
morta,
Cês
batem
palma
pra
artista
racista,
machista
e
homofóbico,
Porque
na
câmera
são
bons
atores,
porque
no
palco
cantam
sobre
amores,
Mas
graças
a
eles
nunca
existiu
amor
nos
bastidores,
Idolatram
MC
que
trata
mulher
como
objeto,
de
abuso
e
uso
descartável,
Depois
descobrem
que
ele
trai
e
batei
na
mulher
o
Mesmo
fã
que
pôs
ele
no
topo
diz
que
isso
é
inaceitável,
O
rap
anda
patético,
inacreditável!
Hipocrisia
num
nível
inalcançável
Eu
vou
bater
até
o
murro
quebrar
a
faca,
Eu
vou
mudar
o
mundo,
enquanto
eu
respirar
sou
incansável,
Eu
nao
acredito
em
violência,
creio
na
palavra,
Plantei
ódio
e
colhi
solidão
na
caminhada,
Pode
pôr
as
mãos
pra
baixo,
Porque
essa
foi
a
última
vez
que
eu
assaltei
à
mão
letrada
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