paroles de chanson Sina de Violeiro - Sérgio Reis
Meu
pai
chegou
aqui
num
fim
de
dia
Há
muito
tempo
em
cima
de
um
cavalo
E
era
pobre
e
moço
e
só
queria
Semear
de
calo
as
mãos
de
plantador
Com
minha
mãe
casou-se
assim
que
pode
Acharam
um
rancho
no
jeito
e
na
cor
Da
terra
boa
e
semeou
o
milho
E
semeou
os
filhos,
e
semeou
o
amor
E
assim
a
vida
foi-se
como
um
rio
Meu
pai
dizia,
um
dia
será
mar
E
toda
noite
reunia
a
prole
E
tinha
cantorias
para
se
cantar
Não
era
fácil
a
lida
mas
valia
Porque
um
homem
precisa
lutar
Nem
quando
a
morte
nos
levou
Rosinha
A
mais
pequenininha
deu
pra
fraquejar
De
Sol
a
Sol,
o
braço
no
trabalho
Foi
como
um
laço
mas
nunca
sonhou
Por
isso
Pedro,
nosso
irmão
mais
velho
Foi
para
cidade
e
nunca
mais
voltou
Mariazinha
se
casou
bem
moça
E
foi
com
Bento
homem
trabalhador
Mas
veio
um
tempo
negro
em
sua
vida
Ele
garrou
na
pinga
e
nunca
mais
largou
Uma
cegueira
triste
Certo
dia
nos
olhos
calmos
do
meu
pai
entrou
Varreu
as
cores
do
seu
pensamento
Ele
deitou
na
cama
e
nunca
mais
falou
A
minha
mãe
mulher
de
raça
forte
Pegou
nas
rédeas
com
as
duas
mãos
E
eu
me
enterrei
de
alma
na
viola
Onde
plantei
tristezas
e
colhi
canções
Por
isso
mesmo
amigo
é
que
eu
lhe
digo
Não
tem
sentido
em
peito
de
cantor
Brotar
o
riso
onde
foi
semeada
A
consciência
viva
do
que
é
a
dor
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