paroles de chanson Alma Lavada - Tuca Fernandes
Não
sou
escravo
de
nenhum
senhor
Meu
Paraíso
é
meu
bastião
Meu
Tuiuti,
o
quilombo
da
favela
É
sentinela
na
libertação
Irmão
de
olho
claro
ou
da
Guiné
Qual
será
o
seu
valor?
Pobre
artigo
de
mercado
Senhor,
eu
não
tenho
a
sua
fé,
e
nem
tenho
a
sua
cor
Tenho
sangue
avermelhado
O
mesmo
que
escorre
da
ferida
Mostra
que
a
vida
se
lamenta
por
nós
dois
Mas
falta
em
seu
peito
um
coração
Ao
me
dar
a
escravidão
e
um
prato
de
feijão
com
arroz
Eu
fui
mandiga,
cambinda,
haussá
Fui
um
Rei
Egbá
preso
na
corrente
Sofri
nos
braços
de
um
capataz
Morri
nos
canaviais
onde
se
plantava
gente
Ê,
Calunga,
ê!
Ê,
Calunga!
Preto
Velho
me
contou,
Preto
Velho
me
contou
Onde
mora
a
Senhora
Liberdade
Não
tem
ferro
nem
feitor
Ê,
Calunga
Preto
Velho
me
contou
Onde
mora
a
Senhora
Liberdade
Não
tem
ferro
nem
feitor
Amparo
do
Rosário
ao
negro
Benedito
Um
grito
feito
pele
do
tambor
Deu
no
noticiário,
com
lágrimas
escrito
Um
rito,
uma
luta,
um
homem
de
cor
E
assim,
quando
a
lei
foi
assinada
Uma
lua
atordoada
assistiu
fogos
no
céu
Áurea
feito
o
ouro
da
bandeira
Fui
rezar
na
cachoeira
contra
a
bondade
cruel
Meu
Deus!
Meu
Deus!
Se
eu
chorar,
não
leve
a
mal
Pela
luz
do
candeeiro
Liberte
o
cativeiro
social
Meu
Deus!
Meu
Deus!
Se
eu
chorar,
não
leve
a
mal
Pela
luz
do
candeeiro
Liberte
o
cativeiro
social
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