paroles de chanson Beira-Mar, Capítulo Final (Ao Vivo) - Zé Ramalho
Zé
Limeira
era
o
nome
de
um
grande
cantador
repentista
Que
ficou
conhecido
como
poeta
do
absurdo
Pelos
seus
versos
disparatados
Surrealistas,
que
inspirou
muitos
artistas
Certa
vez,
ele
descrevendo
um
galope
à
beira-mar
Citando
o
nome
de
peixes,
saiu-se
com
essa
Eu
muito
admiro
o
peixe-pipoca
Que
é
grande
inimigo
do
peixe-porrete
Colega
de
infância
do
peixe-vedete
E
grande
inimigo
do
peixe-minhoca
O
peixe-zebu,
na
hora
que
choca
Tem
uma
gaveta
pro
peixe
urinar
O
peixe-lascado
num
sabe
nadar
Na
hora
que
nada,
termina
zambeta
É
primo
segundo
do
peixe-caceta
Que
é
um
peixe
tarado
na
beira
do
mar
Vamos
navegar
pelos
mistérios
do
galope
à
beira-mar
Quando
o
mar
se
revolta,
os
peixinhos
pulam
Mergulham
velozes,
cortando
as
espumas
Os
barcos
veleiros
resvalam
nas
brumas
E
as
verdes
palmeiras
nos
ares
tremulam
As
águas
se
abraçam,
as
brisas
osculam
Os
tortos
coqueiros
que
oscilam
no
ar
O
vento
marítimo
procura
pegar
A
força
das
ondas
que
ora
se
agitam
Enquanto
navios
aflitos
apitam
Deixando
naufrágios
na
beira
do
mar
Oh,
beira-mar
Oh,
beira-mar
Galope
só
é
bem
feito
quando
é
feito
à
beira-mar
Oh,
beira-mar
É,
beira-mar
Galope
só
é
bem
feito
quando
é
feito
à
beira-mar
Paquetes
sem
luzes,
navios
sem
velas
Visões
invisíveis,
terríveis
assombros
Montões
de
vasculhos,
enormes
escombros
Há
ventos
raivosos,
tufões
e
procelas
Lanchas
destruídas,
velhas
caravelas
E
barcos
perdidos
sem
mais
viajar
Navios
que
o
tempo
tentou
afundar
Somas
valiosas,
tesouros
mantidos
Segredos
do
mundo
que
estão
escondidos
No
leito
salgado
do
fundo
do
mar
Oh,
beira-mar
Oh,
beira-mar
Galope
só
é
bem
feito
quando
é
feito
à
beira-mar
Oh,
beira-mar
É,
beira-mar
Galope
só
é
bem
feito
quando
é
feito
à
beira-mar
Tem
monstros
que
ficam
no
reino
abissal
Num
mundo
profundo
aonde
não
vai
O
homem
que
entra,
dali
nunca
sai
Nem
a
batisfera,
veículo
pra
tal
Nenhum
o
Oriente,
nem
Ocidental
Contempla
o
mistério
que
vou
consagrar
Ouvir
a
sereia
Anfertiti
cantar
A
onda
que
geme
e
que
hipnotiza
O
fim
da
história
na
minha
camisa
Que
lavo
na
espuma
da
beira
do
mar
Oh,
beira-mar
Oh,
beira-mar
Galope
só
é
bem
feito
quando
é
feito
à
beira-mar
Oh,
beira-mar
É,
beira-mar
Galope
só
é
bem
feito
quando
é
feito
à
beira-mar
Oh,
beira-mar
Eu
digo:
Beira-mar
E
o
galope
só
é
bem
feito
quando
é
feito
à
beira-mar
Oh,
beira-mar
É,
beira-mar
Galope
só
é
bem
feito
quando
é
feito
à
beira-mar
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