Текст песни Infinito de Pé - André Abujamra

O infinito de pé são dois biscoitos
O infinito de pé é o número oito
O infinito de pé dois planeta colado
O infinito deitado um óculos quebrado

O infinito de pé duas bola de sorvete
Um casal de namorado na moto com capacete
Boneco de neve, dois vinhos na adega
Farol de milha de noite quase cega

O infinito deitado olhos de coruja
Dois seres humanos fazendo amor
O infinito de pé é um autorama
Duas pulgas malabaristas no meu cobertor

O infinito deitado cano duplo de espingarda
São os raios de sol nos olhos da namorada
Dois salva vidas à devida no oceano
É a linda cauda da baleia afundando

(Oitocentos anos infinito lado a lado)
(Só que um está de pé e o outro deitado)
(Buraquinhos do nariz, as asas da borboleta)
(Dois irmãos gêmeos no carrinho de mãos dadas com chupeta)

O infinito ′tá de pé, o infinito 'tá
O infinito ′tá de pé, o infinito 'tá
O infinito 'tá de pé, o infinito ′tá
O infinito ′tá de pé, o infinito 'tá

O infinito deitado janelinha de avião
É o símbolo da paz passarinho na minha mão
É o laço do cadarço para o tênis amarrar
É o beijo na sua boca para o amor alimentar

Ouro sem u e sem r
O infinito é o bigode do francês Pierre
Oco sem c, ovo sem v
O infinito é o amor que eu sinto por você

Dois mil e um sem o dois e sem o um
O infinito é uma dupla de sushi de atum
É o reflexo do sol no mar
É a sinuca do bilhar

O infinito de pé é um brinde nuam taça
Dois buracos na cueca devorado pela traça
Os pneus da bicicleta subindo a ladeira
São os seios da Brigite pra fora da banheira

(Dois cocos, duas laranjas, bola de gude, bola de meia)
(O infinito é Jesus Cristo repartindo o pão para os apóstolos na Santa Ceia)
(Nem todo infinito tem forma pra mim)
(Einstein, Rodchenko, Picasso e Tom Jobim)

O infinito ′tá de pé, o infinito 'tá
O infinito ′tá de pé, o infinito 'tá
O infinito ′tá de pé, o infinito 'tá
O infinito 'tá de pé, o infinito ′tá

O infinito é infinito
O infinito é o amor
O infinito nunca acaba, porque nunca começou

O infinito é infinito
O infinito é o amor
O infinito nunca acaba, porque nunca começou