Текст песни Aos Tapas Com o Temporal - Gaúcho Da Fronteira

A tarde bocejou um vento na volta de um corredor
E o gado veio a tranquito pras bandas do parador
Lá na lonjura uma garça cortou o horizonte gris
Parecia a mão de Deus escrevendo com um giz
Parecia a mão de Deus escrevendo com um giz

A noite estendeu seu poncho, se atorou um raio no meio
Abriu os varejões do tempo e o aguaceiro se veio
Não se via um palmo adiante, a não ser num relampo′
Mostrando um mar campo afora, se esparramando no campo
Mostrando um mar campo afora, se esparramando no campo

A estrada abriu-se d'água, perdi o rumo do passo
Com o vento onulando tudo e a chuva dando guascaço
A água vinha roncando, tingindo a terra vermelha
Tal sangue de uma degola, bufando fora das veia
Tal sangue de uma degola, bufando fora das veias

Passei a noite a cavalo e de molho num banhadal
Tomando coice de raio e aos tapa com o temporal
Passei a noite a cavalo, no meio do banhadal
Tomando coice de raio e aos tapa com o temporal

Só fui criar alma nova, num outro dia bem cedo
Ao ver de longe meu rancho entre a copa do arvoredo
Só fui criar a alma nova, num outro dia bem cedo
Ao ver de longe o meu rancho entre a copa do arvoredo