Текст песни Rua: Poetas da Babilônia - Remix - Rincon Sapiência , Fabio Brazza , ADL , Nocivo Shomon , Leal feat. PrimeiraMente
Chegamo
no
piano,
picadilha
Beethoven
Se
o
papo
fazer
a
curva,
meus
manos
nem
ouvem
Rap
veio
do
gueto,
então
tirar
de
lá
nem
ousem
O
gueto
é
santuário
da
cultura,
louvem
Verdades
são
verdades,
não
encarem
como
insulto
Já
me
senti
um
macumbeiro
na
igreja,
no
culto
Já
me
senti
como
um
intruso
no
meu
habitat
Pode
pá,
que
os
sonhos
no
túmulo
geram
tumultos
Acúmulos
de
cédulas,
as
dívidas,
os
cálculos
As
pólvoras,
as
pétalas
Bem-vindo
ao
espetáculo
Cansaço
dos
músculos,
cansaço
na
retina
No
escuro
dos
óculos,
disfarce
na
rotina
Grana,
quero
ela
Sem
pala,
senzala
Já
foi,
quero
grana
e
o
tempo
pra
gastá-la
Dei
dois,
surfei,
tô
no
pique
do
Medina
Nessa
onda
me
curei,
música
medicina
Uau
E
o
que
restou
do
paraíso
Drogas
e
um
drinque
no
inferno
Que
o
clássico
toca
igual
hit
Que
valha
milhões
meu
caderno
Caçando
demônio
de
terno,
caneta
pesada
Compondo
me
interno
A
moda
te
torna
famoso,
sua
escrita
te
torna
eterno
Sem
apoio
paterno,
mãinha
foi
guerreira
Tudo
que
ela
dizia
virou
hino
pra
vida
inteira
Mais
alto
do
que
falador,
o
grito
da
dona
saudade
Posso
ter
o
mundo
inteiro,
sem
você
falta
metade
Quanta
mãe
solteira
passando
necessidade
Virar
o
zóin
é
bom,
difícil
é
ser
pai
de
verdade
Ser
pai
não
é
pra
covarde,
que
faz
sem
assumir
Mas
se
a
mina
abortar,
sociedade
vai
destruir
Meu
filho
é
comedor,
virou
herói
do
meus
truta
Minha
filha
é
vagabunda
se
tá
na
balada
de
saia
curta
Curar
nosso
machismo,
mudar
nossa
conduta
Quem
pode
determinar
quem
é
santa
e
quem
é
puta?
Já
passou
da
hora
de
aceitar
a
diferença
Num
mundo
imperfeito,
preconceito
é
uma
doença
Que
suja
nossa
alma,
planta
trauma,
separatismo
No
campo
me
concentro
pra
derrubar
o
nazismo
Salve
o
vandalismo,
largamos
letras
criminal
do
Müller
Rap
serial
Kelloggs,
Nocivo
serial
killer
Vocês
têm
Camaro,
Rolex
e
mansão
Mas
nunca
conquistarão
o
respeito
do
Facção
Sopro
de
destruição
Universo
no
verso
implica
Mente
dos
menor
terra
fértil,
vocês
plantando
titica
Todo
mundo
é
foda,
todo
mundo
é
pica
Mas
quem
liberta
a
coroa
escrava
de
madame
rica?
O
microfone
é
minha
espada
e
minha
guerra
é
santa
Minha
escrita
é
tão
sagrada
que
é
cantada
em
mantra
Minha
palavra
é
afiada,
corta
até
garganta
Minha
caneta
é
tão
pesada,
nem
o
Thor
levanta
Na
madrugada
fria,
caminhando
pela
city,
nos
breus
A
noite
inspira
poesia,
eu
faço
um
feat
com
Deus
Penso
numa
rima,
ele
completa
Às
vezes
tenho
a
impressão
que
ele
tá
aqui
De
calça
larga
e
aba
reta,
poeta
I
see
the
signs
Deus
não
escreve
por
linhas
tortas,
escreve
com
punchlines
Metáforas
em
rhymes,
até
em
braile
ele
rima
E
eu
me
pergunto
A
vida
tá
escrita
ou
é
ele
fazendo
um
freestyle
lá
em
cima?
O
futuro
me
assombra,
o
futuro
é
que
nem
minha
sombra
Por
mais
que
eu
tente,
ele
tá
sempre
um
passo
a
frente
Na
próxima
esquina
ele
me
tromba
Já
disse
um
amigo,
não
mexa
com
o
futuro
Pois
quando
ele
acordar,
quem
vai
dormir
é
seu
presente
Eu
tenho
em
mente
que
a
jornada
da
vida
é
feita
sozinha
E
que
no
fim
das
contas
a
responsa
é
só
minha
E
cada
verso
que
eu
rabisco
é
minha
vida
em
risco
Por
isso
que
eu
não
desperdiço
uma
só
linha
Brazza,
ADL,
Rincon,
Leal
e
Shomon,
no
mesmo
som
É
tipo
juntar
Curry,
Durant
e
Lebron
O
flow
do
BIG
num
verso
do
Gil
Scott-Heron
Ares
e
Poseidon,
Poetas
da
Babylon
Cavaleiros
do
Zodíaco
vindo
pra
acabar
com
MC
Pokémon
Meu
manos
me
chamaram
pra
gravar
um
som
Pra
mim,
fazer
um
som
é
como
a
droga
crack
Te
leva
ao
prazer
ou
à
destruição
Por
isso
eu
penso
antes
de
escrever
minha
parte
Favela
tá
lotada
de
notícia
ruim
O
tráfico
seduz,
matou
Jefin',
prendeu
Junin'
As
armas
fizeram
chorar
tia
Cláudia
E
quem
não
conhece
a
causa
Leva
o
conselho
pra
casa,
parcerin'
Bebidas
fizeram
sangrar
mulheres
que
não
eram
como
vocês
querem
Julgadas
pelo
o
que
vestem
E
ainda
que
não
deixem
que
elas
falem
Por
elas
no
lugar
delas
O
lugar
delas
são
elas
que
sabem
O
dele
hoje
é
na
laje,
tá
plantando
atividade
Dez
de
idade
ele
é
adulto,
a
mãe
dele
tá
no
culto
Pai
dele
em
algum
lugar
do
mundo
Ele
quer
que
se
foda,
aperta
o
fumo
Um
pivete,
uma
responsa
e
tu
velho
não
toma
um
rumo
Então
meus
manos
me
chamaram
pra
gravar
um
som
Mas
pra
mim,
gravar
um
som
é
como
um
tiroteio
Quem
não
sabe
o
que
falar,
acerta
um
inocente
Mas
quem
sabe,
acerta
o
coco
desses
verme
em
cheio
Linhas
abrigam
o
castigo,
eu
Reflito
sobre
o
momento
Agora
fazer
merda
é
fácil,
né?
Só
arrumar
argumento
Eu
quase
vomito
vendo
falsidade
Amargurado
com
os
dentes
a
mostra
Olha
pro
lado,
não
olha
no
olho
Sorri,
só
que
fala
quando
eu
viro
as
costas
A
garrafa
cheia,
igual
peito
de
lágrima
Carteira
vazia,
normal,
até
porque
a
mente
também
tava
Mas
hoje
não
trava
em
qualquer
lugar
E
sempre
vai
ser
hino
Pros
Jim
Carrey
do
rap
ter
um
dia
de
Al
Pacino
Pelo
ensino
estadual
igual
dos
boy,
é
isso
memo
Porque
não
estuda,
e
também
lava
prato
E
pro
favelado
poder
sem
dinheiro
As
damas
primeiro,
junto
com
as
cria
O
segredo
da
vida
é
não
viver
com
medo
Cê
não
sabia?
Conselho
de
amigo
Mente
vazia,
oficina
é
o
governo
Dívida
fora
é
um
clássico
E
adora
sumir
com
imposto
E
te
faz
sentir
o
máximo
de
vergonha
no
rosto
Desequilíbrio
social,
normal,
acompanho
de
perto
Se
for
Marinho,
seja
Eduardo
e
não
o
bosta
do
Roberto
Faz
Criança
Esperança
e
patrocina
assassinato
Onde
ele
pôs
a
mão,
corrupção
virou
um
fato
Manipula
a
política,
até
compra
mandato
Vai
O.R
fala
mesmo,
e
pau
no
cu
se
é
desacato
Seja
o
que
você
quiser
não
importa
onde
Só
saber
chegar,
antes
de
falar
Eu
tive
que
ouvir,
pode
suplicar
Tudo
acontece
quando
tem
que
acontecer
Eu
sou
DK-47
a
700
por
minuto
Eu
DKpito
os
inimigo
e
faço
eles
de
adubo
Nossa
tropa,
vagabundo,
trabalha
com
papo
reto
E
quando
o
assunto
é
mancada,
eu
prefiro
ser
analfabeto
Aqui
o
certo
é
o
certo,
o
errado
é
o
errado
O
homem
pode
ter
dois
carros,
mas
não
pode
ter
dois
papo
Mano
a
mano
é
esporte,
na
favela
é
liberado
Agora
dá
última
forma
já
é
outro
desenrolado
Esses
guardinha
são
infeliz,
nunca
sabem
o
que
diz
Nunca
vi
bom
jogador
trocar
camisa
com
juiz
É
porque
os
brabo
tem
nome
e
apesar
de
não
ter
pai
Nosso
bonde
é
pesado
e
vai
trocar
até
o
fim
Caí
na
selva
pivete,
eu
e
Deus
e
um
canivete
Matei
os
bicho,
fiz
churrasco,
andei
de
casacos
de
pele
Não
trava
nem
super-aquece,
minha
caneta
fede
a
morte
Por
isso
tão
me
chamando
de
DK-47
Chamei
poetas
Que
sobrevivem
a
dias
de
insônia
Incendiando
essa
babilônia
E
vão
se
eternizar
Cumpri
as
metas
Que
disseram
que
eu
não
ia
dar
conta
Vou
mostrar
que
não
me
carrega
honra
Você
é
sua
palavra,
sua
palavra
Sua
palavra,
sua
palavra
(Sua
palavra)
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