Текст песни O Raptremeochão - Realidade Cruel
O
Rap
Treme
O
Chão
Realidade
Cruel
O
rap
treme
o
chão
e
levanta
a
poeira
do
asfalto,
Se
pá
acelera
o
coração
até
do
mano
mais
calmo,
Playboy
paga
um
pau,
ladrão
se
identifica,
Pra
mim
é
natural,
batida
que
aterroriza,
Escuto
a
caixa
acertada
no
volume
máximo,
O
som
2000
do
pobre
operário,
A
trilha
sonora
predileta
do
criminoso,
Que
o
cotidiano
cruel
transformou
em
monstro,
O
seqüestro,
o
resgate
da
mente,
Bem
diferente,
sem
bala
no
pente,
De
gente
da
gente,
de
pobre
pra
pobre,
Do
leste
a
oeste,
do
sul
ao
norte,
Posso
comparar
com
um
furacão,
Um
terremoto,
um
vulcão
em
erupção,
Um
estilo
que
nunca
esquece
as
palavras
da
bíblia,
Ó
meu
Senhor
abençoe
a
periferia,
O
pecador
aqui
também
tem
alma,
Eu
sou
a
cicatriz
do
corte
sem
trauma,
O
maníaco
do
parque,
o
louco
do
cinema,
O
cachimbo
de
crack
ou
o
isqueiro
do
sistema,
Não
causa
espanto
pra
nós
sangue
bom,
Aqui
é
a
pura
informação
em
forma
de
som,
Novela
é
novela,
favela
é
favela,
Aqui
ninguém
se
ilude,
aqui
ninguém
se
entrega,
Aqui
ninguém
requebra
ou
rebola
na
garrafa,
Muito
menos
acredita
em
conto
de
fadas,
Entre
a
cruz
e
a
espada
no
fio
da
navalha,
Aí
ladrão
sente
a
batida
explodindo
a
caixa.
O
rap
treme
o
chão,
se
é
som
de
ladrão,
Aí
ladrão,
o
rap
treme
o
chão.
Como
uma
bomba,
relógio
tique
e
taque,
O
rap
é
como
a
bola
de
boliche
fazendo
o
strike,
Acelerado
pra
lá
de
300
por
hora,
Som
que
apavora,
comunidade
pobre
agora,
É
som
de
preto,
há,
há,
sem
preconceito,
É
som
de
branco
de
atitude
e
de
respeito,
E
sem
silêncio
o
que
provoca
euforia,
Tipo
uma
final
no
Morumbi
de
São
Paulo
x
Corinthians,
A
sirene
de
resgate
do
bombeiro,
O
Hino
Nacional
do
povo
brasileiro,
A
expressão
realista
que
abala,
O
maquiavélico
cronista
da
favela
que
nunca
se
cala,
O
diagnóstico
se
pá
o
raio
x,
Que
faz
a
CPI
ou
então
a
bomba
pra
explodir,
Eu
comparo
tipo
assim
e
faço
a
rima,
Dedo
amarelo
no
cachimbo
uma
cara
de
cinza,
O
itinerário,
a
mente
do
usuário,
Ou
do
traficante
assassino
com
o
tambor
lotado,
Vou
mais
além,
eu
vou
muito
mais,
Canto
o
rap
violento
na
intenção
de
te
passar
a
paz,
A
minha
voz
de
novo
em
ação,
Talvez
minha
missão
vai
além
da
interpretação,
O
vento
aqui
se
transforma
em
furacão,
Sangue
bom
então
o
rap
treme
o
chão.
Treme
o
chão
e
quem
tiver
na
escuta,
Tem
o
poder
de
fogo
de
uma
bazuca,
É
tipo
uma
dum-dum
que
invade
o
seu
coco,
Arregaço
sonoro
que
levanta
até
morto,
Que
invade
a
mente,
afeta
os
sentidos,
Entra
nos
ouvidos,
estoura
os
tímpanos,
Entra
na
veia
há,
faz
a
cabeça,
A
sinfonia
que
invade
a
cadeia,
A
fita
é
loka
como
uma
rebelião,
Arrasta
a
multidão
pra
dentro
do
salão,
Consciente
acima
de
tudo
é
lógico,
Arrasador
como
um
meteoro,
Põe
o
sistema
na
mira
e
o
povo
engatilhando,
Não
vai
dar
pra
escapar,
chegou
o
pânico,
Na
febre
fervendo
pegando
fogo,
Pra
lá
de
1000
graus
ainda
é
pouco,
O
estopim
aceso,
dinamite
explosiva,
O
som
que
contamina,
aí
não
tem
vacina,
Não,
um
dois
pra
firmar
sangue
bom,
É
ou
não
é
o
rap
treme
o
chão.
Se
o
rap
treme
o
chão
eu
também
to
envolvido,
Me
expressando
com
fúria
do
raciocínio,
Sou
pelo
rap,
sou
pelo
moleque,
O
ministério
da
favela
adverte,
Que
o
estudo
é
tudo,
farinha
não
é
nada,
O
crack
é
o
câncer,
a
desgraça
que
te
mata,
Escuto
um
tiro,
pressinto
mais
um
morto,
Drogas
mais
um
saldo
negativo
pro
meu
povo,
É
o
terror
e
eu
to
de
volta
em
ação,
Aí
ladrão
o
rap
treme
o
chão,
Em
barracos,
madeira,
resistência,
trincheira,
Carrasco
da
burguesia,
Fala
aí,
fala
aí
minha
anistia
GOG
pra
vida,
Memórias,
resistências,
calabouços,
Prato
vazio
e
já
é
hora
do
almoço,
E
gira,
gira,
gira,
gira,
gira
mundo,
Quinhentos
anos
não
são
alguns
segundos,
Indigne-se,
previna-se,
vacine-se,
Mário
Alves,
Manoel
Fiel
Filho,
José
Ponfilho,
Lamarca,
Armando
Costa,
Mariguela,
Torturados,
executados
nos
porões
das
celas,
As
dores
se
fez
das
seqüelas,
Mais
aí,
o
amor
vencerá
a
guerra,
O
bem
predominará
na
terra,
Num
abalo
que
nunca
se
encerra,
Temor,
clamor,
o
rap
faz
crateras,
Mudando
o
ar
na
atmosfera,
abracadabra,
Cada
palavra
entoada
é
sagrada,
Ou
então
quem
lutou
e
morreu,
não
morreu
por
nada,
Então
vem,
vem
o
que
era
um
sonho
foi
bem
além,
Mais
que
um
belo
livro,
uma
lição,
Mais
que
um
lápis,
caneta,
libertação
da
voz
da
favela,
Se
importa-se
de
cada
refrão,
E
sem
fraudes,
sem
horário
na
televisão,
Elegeu
poeta
GOG
e
Jorge
Aragão.
Внимание! Не стесняйтесь оставлять отзывы.