Alfredo Marceneiro - O Pierrot Lyrics

Lyrics O Pierrot - Alfredo Marceneiro



Naquele dia de entrudo, lembro bem
Um intrigante Pierrot, da cor do céu
Um ramo de violetas, pequeninas
À linda morta atirou, como um adeus
Um ramo de violetas, pequeninas
À linda morta atirou, como um adeus
Passa triste o funeral, é duma virgem
Mas ao povo que lhe importa aquele enterro
Que a morte lhe passe à porta, por ele
Em dia de carnaval, e de vertigem
Abaixo a máscara gritei, com energia
Quem és tu grosseiro que ousas, profanar
Perturbar a paz das lousas, tumulares
E o Pierrot disse não sei, que não sabia
Sei apenas que a adorei, um certo dia
Num amor todo grilhetas, assassinas
Se não vim de vestes pretas, em ruínas
Visto de negro o coração, e resoluto
E atirou sobre o caixão, como um tributo
Um ramo de violetas, pequeninas
E atirou sobre o caixão, como um tributo
Um ramo de violetas, pequeninas.




Alfredo Marceneiro - Biografias do Fado




Attention! Feel free to leave feedback.