Lyrics Mausoléu - CTS feat. Porto do Raciocíonio
Seja
bem
vindo
e
boa
noite
Tá
frio
né?
Eu
sei
Tô
aqui
já
há
uns
dez
anos
se
é
que
me
lembro
bem
E
eu
era
firmão,
cabuloso
um
cara
pan
O
terror
lá
da
minha
vila,
se
pá
o
bam
bam
bam
Joguei
foi
bem
uns
seis,
não
pensei
nem
duas
vez
O
bicho
que
me
matou
tá
morto
aqui
há
meses
157
aqui
foi
mato,
perdi
a
conta
é
Espatifador
de
crânio
pa
GT3
que
ta
no
pé
Sabia
sim
que
esse
era
o
fim
Mas
enquanto
ele
não
vinha
tava
normalzin
pra
mim
Dinheiro
armamento
whisky,
pó,
Red
Bull
Roletei
foi
de
Audi
da
Vila
Goes
ao
Setor
Sul
Pra
tá
aqui
deitado,
nem
tem
pele,
só
o
osso
Aprisionado
no
dois
por
50,
eterno
calabouço
Eu
vi
meu
corpo
baleado
se
decompor
fase
por
fase
Vermes
lentamente
comendo
minha
podre
carne
Troquei
tiro
no
enquadro,
baleei,
fui
baleado
Se
tive
alguma
chance
não
me
lembro,
sou
finado
Meu
corpo
encharcado,
cidadão
tira
o
chapéu
Aqui,
cidade
dos
mortos,
seja
bem
vindo
ao
mausoléu
Ratatata,
seja
bem
vindo
ao
mausoléu
Onde
corpos
decompostos
pra
sociedade
tem
gosto
de
mel
Ratatata,
seja
bem
vindo
ao
mausoléu
Onde
corpos
decompostos
pra
sociedade
tem
gosto
de
mel
É
cumpadi
hoje
é
dia
dos
finados
E
eu
aqui
no
mausoléu
te
trago
bom
resultado
Lembra
do
verme
que
te
matou
a
bala?
Alguns
meses
depois,
eu
que
joguei
ele
na
vala
Já
faz
dez
anos
né
que
você
foi
sepultado
Hoje
é
dois
de
novembro,
seu
dia,
dia
dos
finados
Você
matou
uns
seis
à
sangue
frio,
à
queima
roupa
Acompanhei
todos
assassinatos
cometidos
pela
sua
pessoa
Fui
seu
comparsa
desde
muleque,
amizade
muito
foda
Hoje
cai
lágrimas,
porra,
quando
eu
visito
sua
cova
Vida
do
crime
é
foda,
ser
bandido
não
é
fácil
A
bala
poucas
vezes
acerta
pro
lado
dos
fardado
Nove
anos
na
caça
daquele
que
te
fez
ser
um
finado
Há
nove
anos
que
que
eu
comprei
meu
oitão
cabo
de
osso
e
cromado
Há
dez
anos
visitando
você
no
mausoléu
Há
uma
década
que
não
esqueço
de
você,
fiel
Carne
e
unha,
mão
e
luva,
a
clara
e
a
gema,
gênios
do
crime
Eu
e
você,
você
e
eu,
botava
o
terror
na
lei
do
15
Pressinto
algo
estranho,
sei
que
logo
vou
te
encontrar
Nem
que
seja
no
mausoléu
Ratatata,
seja
bem
vindo
ao
mausoléu
Onde
corpos
decompostos
pra
sociedade
tem
gosto
de
mel
Ratatata,
seja
bem
vindo
ao
mausoléu
Onde
corpos
decompostos
pra
sociedade
tem
gosto
de
mel
Um
minuto
de
silêncio,
sou
a
voz
do
além
O
submundo
apodrecido,
covas
tem
mais
de
100
Pois
nunca
deram
importância
para
sua
vida
na
terra
Antes
caminhava
em
cima,
hoje
tão
debaixo
dela
É
resultado
de
erros,
é
tarde
pra
acertar
Ajoelhou
por
aqui,
não
adianta
rezar
Vocês
morreram
prematuros,
acreditavam
na
sorte
Mausoléu
minha
morada,
satisfação
ladrão
Sou
a
morte,
sou
mais
velha
que
o
pecado
aqui
na
terra,
doido
Eu
atravesso
as
eras,
sou
o
sinistro
cabuloso
Que
mata,
que
rouba,
sem
dó
sem
piedade
Torna
as
alucinações
que
invade
suas
viagens
Sou
o
fim
do
assassino,
sou
o
princípio
da
dor
Sou
o
repente
do
ódio
que
mata
até
por
amor
Aquela
bala
perdida,
o
corpo
carbonizado
A
corda
do
suicídio,
a
ânsia
do
afogado
Sou
o
segredo
do
mundo
que
nunca
foi
revelado
Sombrio,
sujo,
macabro,
meus
prisioneiros
eternos
Por
mim
jamais
libertados,
só
não
aprisionei
um
porque
foi
ressuscitado
Ratatata,
seja
bem
vindo
ao
mausoléu
Onde
corpos
decompostos
pra
sociedade
tem
gosto
de
mel
Ratatata,
seja
bem
vindo
ao
mausoléu
Onde
corpos
decompostos
pra
sociedade
tem
gosto
de
mel
Porra
véi,
cê
viu
o
que
aconteceu
com
o
Ananias
ontem
lá
no
cemitério
lá,
mano?
Vi
não
mano,
o
que
houve
com
ele
lá?
Vish,
tomou
uma
pá
de
tiro
na
cabeça,
na
nuca,
ajoelhado
na
cova
do
mano
Porto
ó
Caralho,
mano,
que
fita
hein?
Então,
e
o
pior
é
que
quem
matou
foi
o
polícia
lá
e
tal,
tá
ligado?!
Porra
véi,
foda
hein
Foda
ne
fei?
Mas
que
Deus
o
tenha
a
alma
dele
tá
ligado?
Que
Deus
o
tenha
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